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Três Lagoas, 19 de abril

Iluminação: problema que afeta Três Lagoas

Confira o Editorial da edição do Jornal do Povo, que circula neste sábado (9), em Três Lagoas

Por Redação
09/12/2017 • 07h44
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Apesar de contar com um dos maiores orçamentos entre cidades médias, em todo o país, em Três Lagoas costuma faltar recursos para muita coisa, até mesmo essenciais e garantidas legalmente. A saúde, por exemplo, que consome grande parte deste orçamento, sofre com falhas recorrentes - falta de fitas para exames de diabetes - mesmo com o gasto que vai superar a R$ 139,8 milhões neste ano. 

A conclusão sobre isso é que o setor consome, hoje, dez milhões de reais por mês, e que mesmo assim, não funciona 100%. Foi assim durante os dois últimos mandatos do governo municipal, mas há chance da história, agora, ser outra. 

Assim, se um setor essencial padece, é certo que outros também têm deficiências. O da iluminação pública, por exemplo. De quem é a responsabilidade de manter a cidade iluminada? A prefeitura, que arrecada uma taxa específica para dar manutenção à iluminação, disputa com a empresa Elektro a responsabilidade de quem tem que acabar com pontos escuros. A empresa, que recebe as contas de consumidores e do poder público em dia, se esforça para repassar responsabilidades e culpa à prefeitura. No meio do jogo de empurra está o cidadão, que paga todas essas contas. 

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Certamente que por se tratar de um serviço prestado com base em regras de contratos não deveria ser necessário à Câmara instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o que está ocorrendo. Não seria. Mas, é. Os vereadores de Três Lagoas pretendem criar uma comissão para poderem chamar a empresa e a prefeitura para uma negociação, quem sabe, definitiva sobre quem deve assumir e dar conta de cada parte do serviço.

Interessante é que essa "divisão" de funções já está sacramentada no contrato da prestação de serviços. Falta, por hipótese, apenas a cobrança. E deve ser isso o que a Câmara está interessada em fazer. Porque, afinal, poderá indicar à prefeitura o rompimento do contrato? Seu poder chegará, no máximo, a uma denúncia à Aneel - a Agência Nacional de Energia Elétrica, se for o caso. 

Tão importante quanto cobrar o cumprimento do contrato será a futura CPI ter condição de apurar respostas sobre questões que incomodam toda a cidade. A maior delas: por que esta cidade que tem orçamento acima da média para seu porte é tão escura? Outra pergunta é: por que se demora tanto para trocar lâmpadas? Tomara que haja respostas.

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