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Três Lagoas, 28 de março

Índice de fogo em mata cai 28% em Três Lagoas, mas MS tem recorde

Incêndios florestais no estado chegam a 7.446 no ano passado, maior número da série histórica de acordo com dados do Inep

Por Sergio Colacino
07/01/2018 • 07h40
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O número de focos de incêndio em vegetação em Três Lagoas caiu 28% em 2017 na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros. Além da conscientização, os bombeiros apontam o maior índice de chuvas no ano passado como fator para a queda. 

No Estado, porém, o índice de incêndios florestais ficou acima da média histórica, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inep). Foram 7.446 casos, maior valor desde 2012.

Em 2016, os bombeiros de Três Lagoas registraram 483 casos de incêndio em vegetação. No ano passado, foram 346 ocorrências deste tipo. Mesmo com a queda, os números preocupam: em média, foram mais de 28 focos de incêndio por mês durante o ano passado. 

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“Acreditamos que a conscientização ajudou a reduzir estes índices, mas o clima principalmente foi um fator determinante. Com mais chuvas no ano passado, os focos de incêndio diminuíram”, avalia o tenente do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros, Hoanderson de Sá. As chuvas, de fato, podem ser consideradas um grande peso na balança. Em outubro, choveu 46% do esperado no mês em apenas dois dias.

Já novembro chegou ao fim com volume 15% maior que o previsto para o mês e acima da média histórica, o que ajudou a compensar os mais de 60 dias de estiagem, entre junho e agosto, períodos considerados críticos e com maior índice de queimadas.

DENÚNCIAS
Para ajudar na diminuição dos incêndios na área urbana, o Corpo de Bombeiros começou, em julho, a denunciar terrenos baldios mal cuidados à Secretaria de Meio Ambiente de Três Lagoas. A ação deu resultado e, em cerca de quatro meses de trabalho, foram 166 áreas notificadas. 

“Fizemos o atendimento de combate ao fogo e depois colhemos os dados de localização para enviar à Secretaria de Meio Ambiente, assim os donos dos terrenos que estavam mal cuidados seriam notificados. Tivemos um bom retorno e esperamos que essa conscientização signifique uma queda ainda maior em 2018”, afirma o tenente.

RECORDE
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inpe), Mato Grosso do Sul fechou 2017 com volume de queimadas acima da média histórica. Foram registrados 7.446 incêndios florestais no ano passado, maior valor desde 2012, quando houve 7.545 casos. 

Corumbá foi a quarta cidade do país com mais incêndios florestais em todo o ano passado, com 4.133 ocorrências. O município do Pantanal sul-mato-grossense ficou atrás de São Félix do Xingu (PA), com 10.263 casos, Altamira(PA), com 6.566, e para Porto Velho (RO), com 4.250.

Setembro foi o mês com maior número de focos de incêndio, com 2.984 incidentes (40,7%). Agosto, que também é considerado crítico pela baixa umidade relativa do ar, teve 1.488 incêndios florestais no ano passado. Ainda segundo os dados atualizados mensalmente pelo Inpe, julho teve 1.050 queimadas e bateu recorde dos últimos 17 anos para o mês.

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