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Três Lagoas, 28 de março

Indústrias não afetam na qualidade do ar em Três Lagoas

Por apresentar grande concentração de indústrias com emissões atmosféricas, Três Lagoas foi a primeira do Estado a ter medição

Por Ana Cristina Santos
06/08/2016 • 10h33
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A rede telemétrica composta por quatro estações de monitoramento, instaladas em Três Lagoas, aponta que a qualidade do ar na cidade é boa, e que, ainda não foi afetada pelas indústrias em operação no município, nem mesmo pelas fábricas de celulose que estão em processo de expansão. Além disso, o aumento na frota de veículos na cidade, também não tem interferido.

Os dados registrados pelas estações de monitoramento da qualidade do ar instaladas na cidade para medir a intensidade da emissão de gases de monóxido de carbono, óxido de nitrogênio, dióxido de enxofres, partículas inaláveis, que são poeiras em suspensão e ozônio, apontam que o ar em Três Lagoas se mantém bom, conforme os parâmetros estabelecidos na Resolução nº 03/90 editada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Três Lagoas tem quatro estações de monitoramento. Uma está instalada na escola do bairro Parque São Carlos, sob a responsabilidade da empresa Fibria; outra no pátio da Delegacia de Polícia Civil, cuja responsabilidade é da Eldorado Brasil. A terceira foi implantada pela Petrobras na sede do Senai. E a quarta está no prédio do ERPE na avenida Capitão Olyntho Mancini, de responsabilidade do Imasul. 

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Por apresentar grande concentração de indústrias com emissões atmosféricas, Três Lagoas é a primeira cidade do Estado a contar com essa rede telemétrica. O acesso ao índice de qualidade do ar é disponibilizado pela internet ao público em geral através do software de monitoramento e pode ser acompanhado em tempo real. “A qualidade do ar ainda é boa, isso é o que mostra a rede telemétrica. Os dados podem ser acompanhados por qualquer pessoa”, frisou.

Segundo a fiscal do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Délia Villamayor Javorka, em razão do período de estiagem, teve um dia nesta semana em que foi registrado um alerta, na estação instalada no prédio do Erpe, registrando índice regular por um período das 12h às 14h. “Além da estiagem, o vento e fluxo de veículos que passam pela avenida interferem no índice do ar. Em alguns momentos a estação registra parâmetros com a qualidade do ar regular”, explicou.

Desde que a rede telemétrica entrou em funcionamento em Três Lagoas, em 2014, segundo Délia, não houve nenhum evento que tenha registrado a qualidade ruim ou péssima. O Imasul acompanha ainda os relatórios que são encaminhados pelas empresas de celulose.

ODOR
Além da qualidade do ar, o Imasul acompanha ainda a questão do odor em Três Lagoas.  A cidade possui uma Rede de Percepção de Odor, que é formada por pessoas da comunidade e das empresas de celulose. A finalidade é identificar e monitorar as emissões de odor das fábricas de celulose, entre outras. “A rede de percepção de odores é integrada e tem a participação de quatro empresas: Fibria, Eldorado, Cargill e o Curtume. Pessoas dessas empresas receberam uma capacitação para distinguir os tipos de odores, e se são provenientes dessas fábricas. Essa rede está ativa e temos feito reuniões periódicas”, explicou Délia.

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