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Três Lagoas, 16 de abril

Instalação de cervejaria em Três Lagoas depende de área às margens da rodovia

Empresário pretende investir R$ 300 milhões na instalação de uma fábrica de cerveja no município e gerar cerca de 200 empregos

Por Ana Cristina Santos
01/04/2017 • 10h42
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A instalação de uma cervejaria em Três Lagoas está esbarrando na dificuldade por parte do investidor em viabilizar uma área às margens de uma rodovia. Essa foi à exigência do empresário que pretende investir R$ 300 milhões na instalação de uma fábrica de cerveja no município.

As negociações para atrair o investimento para Mato Grosso do Sul começaram no ano passado. Um grupo de empresários procurou o governo do Estado manifestando interesse em instalar a fábrica em Três Lagoas. A partir daí, governo e prefeitura passaram a trabalhar em conjunto na busca de soluções para viabilizar o empreendimento na cidade.

Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, o empresário mantém o interesse em instalar a fábrica na cidade. No entanto, os governos estadual e municipal buscam a viabilização da área que possa abrigar as instalações do empreendimento. Verruck conversou nesta semana com o empresário. “Ele tem o interesse, e está no momento certo para investir. O que precisamos agora é definir a localização. É preciso uma área grande, e definir se o município vai doar o terreno, ou parte dele. É isso que está sendo discutido no momento”, disse Jaime Verruck, em entrevista ao Jornal do Povo, ressaltando que está confiante de que a área seja viabilizada e o projeto anunciado e iniciado nesse ano.

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Já o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Antônio Empeke, disse que o grande problema é que o município não tem área disponível às margens de uma rodovia, conforme necessidade dos investidores. Segundo o secretário, a maioria das fábricas de cerveja fica instalada próxima ás rodovias por uma questão de propaganda. No entanto, apesar do município ter várias áreas nos distritos industriais, não dispõe de nenhuma às margens das rodovias.

Além disso, disse que o município não dispõe de recursos financeiros para desapropriar área para a instalação do empreendimento. O secretário ressaltou que, apesar do valor a ser investido e dos empregos a serem gerados, de 150 a 200 vagas de trabalho, disse que é preciso ser analisado todo um contexto e verificar os benefícios a serem gerados com o empreendimento. Entretanto, ressaltou que o grande problema mesmo é a questão da área.

No entanto, adiantou que as negociações continuam e, limitou-se a dizer que a fábrica de cerveja pertence a um grupo americano, que já tem duas unidades no Brasil.

O prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro (PSDB) confirmou ao Jornal do Povo que também já esteve reunido com um dos representantes dessa empresa, que solicitou uma área grande para a instalação do empreendimento. Segundo o prefeito, foram disponibilizadas áreas no Distrito Industrial, mas a empresa quer um terreno onde o painel visual fique em destaque. Guerreiro disse que o município não tem dinheiro para desapropriação. “Área em Três Lagoas tem um preço elevado, e o município não tem dinheiro para comprar área. Não vou tirar dinheiro de investir na cidade para desapropriar área”, disse o prefeito. Guerreiro ressaltou que o empreendimento é importante para a cidade, pois gera emprego, no entanto, reforçou que não vai “cometer loucura” para conseguir uma área. Segundo ele, o município já oferece incentivos fiscais, como isenção de ISS, por exemplo.

O prefeito, no entanto, disse que está em estudo a possibilidade da doação de uma área no Cinturão Verde. “Tem uma área perto da ponte rodoviária, mas isso depende de análise ainda, estamos verificando”, frisou.

 

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