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Três Lagoas, 25 de abril

Insumos saem de ?ilhas? químicas dentro das próprias fábricas

Última ilha, batizada de Jupiá, foi inaugurada no início do mês no complexo da Eldorado Brasil

Por Arthur Freire/JP
26/03/2013 • 10h08
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A demanda por insumos é tão grande que a AkzoNobel Brasil investiu algo em torno de 180 milhões de euros na montagem de “ilhas” de produtos químicos nas fábricas da Fibria e da Eldorado Brasil. A última ilha, batizada de Jupiá, foi inaugurada no início do mês no complexo da Eldorado Brasil.

O sítio, como é denominada a ilha, já opera desde 29 de novembro de 2012 produzindo dióxido de cloro e desde 22 de fevereiro fornece clorato de sódio para o processamento de celulose da Eldorado, mas a inauguração oficial ocorreu este mês para coincidir com a visita de membros da sua diretoria no Brasil e representantes da Holanda e da Suécia, além de executivos canadenses e de outras partes do mundo.

Segundo o gerente comercial da Pulpand Performance Chemicals da Akzo Nobel, Paulo Bertti, o “site Jupiá” vai produzir 72 mil toneladas de clorato de sódio por ano para o branqueamento de celulose da Eldorado. Hoje a unidade já emprega 50 pessoas, que trabalham em três turnos. 

A ilha opera 24h, sete dias por semana e só vai parar quando a Eldorado desligar as máquinas para a manutenção periódica. A matéria-prima para a produção do clorato é o cloreto de sódio, conhecido como sal, usado para uso doméstico. Do sal, é produzido o dióxido de cloro. 

É função também da ilha Jupiá a compra e armazenamento de outros agentes químicos usados pela Eldorado, como a soda cáustica, o ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio, bissulfato de sódio e metanol.

A AkzoNobel é uma empresa global que faturou no ano passado, em todo o mundo, 16 bilhões de euros. No Brasil, onde a AkzoNobel tem 15 fábricas em seis estados, o faturamento foi de 1 bilhão de euros. São 2,8 mil funcionários, dos quais 400 no segmento da celulose. 

O presidente da empresa no Brasil, Antonio Carlos Francisco, disse ao Jornal do Povo que a instalação de uma indústria dentro de outra fábrica, além de proporcionar cooperação estreita, elimina o transporte, reduz riscos e resulta em “ecoeficiência”. 

Há ainda os serviços compartilhados para a otimização de custos, como a produção de energia a partir da biomassa gerada pelo moinho da Eldorado. 

“Somos a maior companhia global de tintas e revestimentos e uma das principais fabricantes de especialidades químicas”, diz Antonio Carlos Francisco. Para o diretor da companhia na América Latina, Jaap de Jong, a ilha de Jupiá marca o início de uma série de investimentos para expansão da AkzoNobel no Brasil.

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