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Três Lagoas, 23 de abril

Internações provocadas pela Covid explodem pós Carnaval

Boom >De novos casos, mortes e hospitalizações são confirmados após aglomerações

Por Tatiane Simon
27/02/2021 • 07h00
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As internações e mortes provocadas em decorrência da Covid-19 aumentaram assustadoramente nos últimos 15 dias em Três Lagoas. Prova disso é o boletim epidemiológico divulgado diariamente pela Secretaria Municipal de Saúde.   

Os números, na avaliação do diretor de Vigilância Sanitária e membro do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, Cristovan Bazan, traduzem o comportamento dos moradores. “Os jovens parecem que estão mais ‘corajosos’ do que nunca. São os que mais saem de casa e fazem aglomerações, principalmente, aos finais de semana. O problema dessa população, que na maioria das vezes é assintomática para a doença, é a transmissão. Acabam levando para dentro de casa o novo Coronavírus e infectando os pais e avós. O reflexo está estampado na alta ocupação de leitos hospitalares que Três Lagoas enfrenta hoje”, explica o diretor.

Levantamento feito pela reportagem revela que o primeiro bimestre de 2021 foi bastante crítico para a saúde pública do município, mesmo com a chegada da vacina no final de janeiro. Entre janeiro e fevereiro, 1.965 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus, em Três Lagoas. A Covid-19 foi responsável pela morte de 17 moradores em dois meses.

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O índice que mais chama atenção e preocupa as autoridades, além dos óbitos, é a taxa de ocupação hospitalar. Nesta quinta-feira (25), dos 20 leitos de UTI que são exclusivos para pacientes com Covid-19 do Hospital Auxiliadora, somente um deles estava disponível.  Quarenta pessoas estavam internadas em leitos públicos e privados dos hospitais da cidade em alas de UTI e de enfermaria por conta de complicações que tiveram com a doença. “O que nos preocupa é o avanço rápido da doença a ponto de comprometer nossos leitos e causar um colapso na saúde da cidade”, avalia Bazan.

AGLOMERAÇÕES
O boom de novos casos, internações e óbitos ocorre exatamente uma semana após o Carnaval. Na avaliação do diretor de Vigilância Sanitária, as aglomerações em casas, bares e ranchos feitas nesse período refletem na situação da pandemia que o município atravessa. “As denúncias devem ser feitas. As fiscalizações continuam ocorrendo todos os dias e são intensificadas as finais de semana”.

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