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Três Lagoas, 28 de março

Jornalismo perseverante 6

Leia a edição especial de comemoração aos 70 anos do Jornal do Povo

Por Valdecir Cremon
20/07/2019 • 10h32
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O romantismo que contaminou a imprensa brasileira desde seu surgimento até por volta da década de 1980 também afetou o Jornal do Povo. O estilo das publicações foi, por anos, o literário romântico ou crítico, sempre carregado com adjetivações, superlativismos etc., especialmente em referência a leitores e colaboradores.  

Um bom exemplo é o de uma nota publicada na capa da edição de 10 de julho de 1949, em uma coluna dedicada a enviar recados e noticiar, por exemplo, visitantes de Três Lagoas. Na nota citada, o personagem é o jornalista e poeta José Bezerra de Lima, que  estaria em Três Lagoas na semana da publicação.

Na mesma página, outras notas chamam a atenção pela proximidade de seu autor com moradores e leitores. “Participou-nos o seu noivado o jovem Simplício Rosa Garcia, com a sinhorinha Nila Gonçalves, residentes nessa cidade. Parabens”. A outra diz: “Teve lugar hontem o enlace matrimonial do  jovem Joney Elias Abdala com a graciosa senhorinha Conceição Leituga, filha do sr. Carlos Leituga e de sua esposa d. Castorina de Barros Leituga. O ato civil teve logar na residencia dos paes da noiva e o religioso na capela Santo Antonio. Ao novel par as felicitações sinceras do Jornal do Povo” (mantida a grafia original).

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“O dia do trabalho foi comemorado entre nós exclusivamente pelo luzido e disciplinado côrpo de Escoteiros da Escola “2 de Julho”, educandário que prima pelo amor ao ensino e géstos do mais legítimo patriotismo” (grafia da época). Este é o primeiro parágrafo de uma publicação sobre comemorações do dia 1º de maio, feriado do Dia do Trabalho, em que apenas uma escola participou das festividades, na cidade. A nota prossegue com elogios ao diretor João Magiano Pinto e a professores, mas com uma cobrança aos demais dirigentes de ensino para participação em eventos comemorativos de datas nacionais, que tinham, inclusive, roteiro de programação definido pela prefeitura.

E sempre foi assim. O Jornal do Povo aproximou-se o quanto pode de seu público em publicações de todas as editorias. Recentemente, várias reportagens registraram ações voluntárias de moradores e líderes de comunidades de bairros para ajuda a pessoas em dificuldades. Em uma delas, o jornal cobriu desde o início das obras a reconstrução de uma casa para um morador portador de deficiência física.

Ações comunitárias fazem parte dos roteiros do JP e são encampadas pela Fundação Stênio Congro para auxílio, principalmente, a entidades assistenciais e filantrópicas de Três Lagoas.
   
   
 

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