Arquivo/JPNEWSOs amigos João Paulo Carvalho Batista de Souza e Bruno Ribeiro Gonçalves, ambos com 20 anos de idade, irão a júri popular acusados de terem matado a pedradas, socos e chutes outro colega deles, Igor Marques Antenore, com 20 anos na época. O crime, que teve ainda a participação de um menor de idade, ocorreu após a festa de Ano Novo, em 2016, próximo da casa da vítima, no bairro São Jorge, em Três Lagoas.
A dupla será julgada nesta quarta-feira (21), no tribunal de Júri do fórum de Três Lagoas, por prática dos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil e por corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos e homicídio simples. Bruno Gonçalves também responde por uso de falsa identidade, quando tentou embarcar com um documento que não era dele na rodoviária de Água Clara para Campo Grande no dia em que foi preso.
A sessão do tribunal do júri será presidida pelo juiz Rodrigo Pedrini, às 13h. Na sessão, inicialmente, haverá o sorteio dos sete jurados que irão compor o conselho de sentença. Em seguida, será distribuída para leitura dos jurados cópias da denúncia, da pronúncia e do relatório do processo. Após esse trâmite, serão ouvidas cinco testemunhas de defesa e o réu será interrogado. Na sequência, ocorrerão os debates entre acusação e defesa. Por fim, os jurados se reunirão em sala reservada para responder aos questionamentos e decidir se o réu será condenado ou absolvido. A previsão é de que a sentença saia no fim da tarde de quarta-feira.
O caso
De acordo com o inquérito policial, na madrugada do dia 1º de janeiro de 2016, os réus foram à casa da vítima e a mataram, por motivo torpe, e com uma série de crueldades. A briga teria iniciado na Lagoa Maior, onde era realizada a festa de Ano Novo popular. No local, Igor teria se abraçado com o pai e o réu João Paulo Souza teria dito que ia filmar a cena, em tom de chacota. Irritado, Igor derrubou o celular do acusado no chão.
Após a festa, os dois réus e um adolescente, foram à casa de Igor, que em desvantagem numérica, recebeu uma paulada na cabeça desferida pelo adolescente e diversas pedradas na cabeça lançadas por Gonçalves, fazendo com que Igor caísse. Em seguida, ele foi atingido por um bloco de concreto na cabeça lançado por João. Igor ainda foi agredido com vários socos, chutes e pedradas. As lesões o levaram à morte, conforme a perícia.
Os dois acusados estão presos na Penitenciária Masculina de Segurança Média de Três Lagoas desde o dia 3 de janeiro daquele ano, quando tentavam embarcar para a capital sul-mato-grossense.
