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Três Lagoas, 19 de abril

Justiça Federal determina retomada das aulas da UFMS

Decisão liminar foi proferida ontem e aulas deverão ser retomadas na segunda-feira

Por Redação
01/09/2012 • 07h34
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A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou a retomada das aulas dos alunos matriculados nos dois últimos semestres de todos os cursos de graduação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A decisão liminar foi proferida ontem e se refere aos campi de Três Lagoas, Paranaíba e Chapadão do Sul. Aos grevistas, foi dado um prazo de 72h da intimação para a imediata retomada das aulas. Se acatada pelo movimento grevista, as aulas deverão ser retomadas já nesta segunda-feira.

Conforme informações do MPF, pela decisão, professores e servidores deverão ser convocados por edital. Além das aulas, os grevistas também terão de garantir a realização de disciplinas eletivas, opcionais, estágios supervisionados e defesas de monografias. O objetivo, segundo a ação, é assegurar a conclusão dos cursos dentro do calendário regular da universidade.

Na decisão, a Justiça Federal reforça o entendimento do MPF: "Mostra-se razoável a medida de conciliação e harmonização dos interesses em conflito apresentada pelo MPF. Parte dos professores e servidores retorna às atividades necessárias para o restabelecimento das aulas e cumprimento do calendário universitário em relação aos alunos do último ano (dois últimos semestres) e, ao mesmo tempo, preserva-se a continuidade do movimento grevista com a paralisação dos demais períodos.”

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Greve
As aulas na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul estão paradas há 79 dias. Conforme o MPF, somente em Três Lagoas são 424 alunos cursando os dois últimos semestres em dez cursos oferecidos pela instituição.

Através da nota, o Ministério Público Federal afirma ainda que o direito de greve dos servidores e professores “está ultrapassando os limites do razoável ao suprimir o também direito dos alunos de não serem irremediavelmente prejudicados em seus projetos de vida, mormente os dos últimos períodos de cada curso, que não terão tempo hábil para repor as aulas caso a greve persista por mais algumas semanas [...]”.

Em contrapartida, o movimento grevista tem o apoio de muitos dos acadêmicos da universidade. Isso se deve, principalmente, ao fato de que, além de o reajuste salarial, a classe luta por melhoria da estrutura física da universidade, contratação de mais professores, entre outros. (Com informações do Ministério Público Federal).


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