A delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), Letícia Mobis, informou que o caso de feminicídio da agrônoma Haley Coimbra, de 39 anos, será encerrado. O inquérito aguardava o laudo necroscópico do ex-marido Renato Otoni Bastos, de 62 anos, e da arma encontrada ao lado do corpo do executivo, que teria cometido suicídio dois dias após o crime, em 14 de janeiro.

O documento foi encaminhado ao Poder Judiciário na semana passada, juntamente com o pedido de arquivamento. Os exames estavam a cargo do Instituto Médico Legal (IML) do município de Castilho (SP) e foram encaminhados a Três Lagoas, no início da semana passada.

Segundo a delegada, o laudo necroscópico indicou que Renato cometeu suicídio com um tiro no peito com a mesma arma utilizada para matar a agrônoma, um revólver calibre 38. “O suicídio foi confirmado. Com isso, o caso foi finalizado e pedimos o arquivamento do processo, devido à extinção da punibilidade pela morte do agressor”, explicou a delegada.

Renato Otoni foi encontrado morto em 16 de janeiro, em uma área rural, que fica próxima ao município de Castilho. O corpo do executivo foi localizado dentro do carro e, na ocasião, a suspeita era a de que teria se suicidado com um tiro na cabeça.

Familiares de Halley Coimbra, morta com três tiros, também estiveram no local e hesitaram em reconhecer o suspeito.

No primeiro semestre de 2017, Otoni trabalhava como gerente de uma fábrica de celulose, instalada em Três Lagoas. Ele deixou a empresa e se aposentou. O casal estava separado há três meses e o ex-gerente não aceitava o fim do relacionamento, de acordo com familiares.

Ele foi até a casa da vítima e efetuou os disparos que atingiram as costas e o rosto da mulher. As filhas do casal, de 3 e 5 anos, estavam no local e presenciaram o assassinato. Halley trabalhava em uma empresa rural da família.