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Três Lagoas, 25 de abril

Levantamento aponta redução na infestação do Aedes, mas casos de dengue são alarmantes

Três Lagoas possui 0,4% de infestação de vetores, de acordo com Levantamento Rápido do Índice de Infestação

Por Tatiane Simon
13/07/2018 • 17h00
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Três Lagoas registrou 628 casos suspeitos de dengue somente neste ano, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde. O número é considerado de alta incidência, já que corresponde a mais de 300 casos por 100 mil habitantes. O município apresenta atualmente 505 casos por 100 mil habitantes. Na lista "vermelha" da Saúde, a cidade é a 2ª do ranking ficando apenas atrás de Campo Grande, que notificou 1.200 casos suspeitos da doença.

De acordo com o supervisor geral do Setor de Endemias, Waldecir Marangon, o número acumulado, de janeiro até esta terça-feira (10), é de 628 casos notificados, sendo que 117 deles foram confirmados (positivos), 384 casos já descartados e 127 dos casos ainda aguardam resultados de exames laboratoriais.

Resultados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRA) aponta que o nível de infestação do mosquito em Três Lagoas é de 0,4%, ou seja, em condições consideradas satisfatórias. Levantamentos anteriores apontam que o município registrou índices entre 1% e 3,9% de infestação (condição de alerta), colocando a população em risco de enfrentar um surto de dengue.

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Pelos resultados do último LIRA, que é feito por amostragem de domicílios visitados pelas equipes de Agentes de Endemias, Três Lagoas ainda possui elevados índices de infestação do Aedes aegypti, em propriedades domiciliares nas regiões localizadas nos bairros de Interlagos, Vila Nova, JK e Alto da Boa Vista.

Combate

Conforme a administração municipal, as motocicletas serão usadas pela equipe do programa de Monitoramento Inteligente do Aedes aegypti – MI-Aedes, implantado no município em abril de 2007.

Por meio do MI-Aedes, constituído de 305 armadilhas, as denominadas “mosquitrap”, distribuídas a cada 300 metros e monitoradas através de um sistema via satélite, a equipe de Endemias possui o controle dos índices de infestação do mosquito transmissor da dengue.

“Elas irão auxiliar os agentes de saúde no trabalho de vistoria das mais de 300 armadilhas, que permitem, em tempo real, monitorar os índices de infestação do mosquito”, explicou a secretária municipal de Saúde, Angelina Zuque.

 O número de capturas em cada armadilha fornece dados sobre a infestação do vetor, que são enviados para uma central de controle, via satélite, por meio de dispositivos móveis. Com essas informações, as equipes agem para conter os focos naquela região urbana e assim evitam a proliferação do mosquito pela cidade.

Leishmaniose

Segundo o supervisor, no mesmo período, Três Lagoas registrou 78 notificações de leishmaniose, sendo 77 casos posteriormente descartados pelos resultados de exames laboratoriais e um paciente veio a óbito, em abril, em decorrência de agravo da doença.

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