RÁDIOS
Três Lagoas, 25 de abril

Mãe que perdeu guarda de filhos foi presa por tramar atentado contra membro do MP

Maika e pessoas de "elevada periculosidade" estariam tramando atentado contra autoridade da cidade

Por Ana Cristina Santos
17/05/2018 • 19h15
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O Ministério Público Estadual de Três Lagoas esclareceu na tarde desta quinta-feira (17) porque solicitou a prisão preventiva de Maika Luzia Gomes Romão de Almeida, de 21 anos. Ela foi presa na manhã de sábado (12), após decisão da 2ª Vara Criminal de Três Lagoas.

A prisão decorreu de pedido formulado pelo Ministério Público a partir de informação fornecida espontaneamente por familiares de Maika "onde se noticia que ela e  pessoas de elevada periculosidade" estariam tramando um atentado contra um membro do MP e parentes "em razão de atuação de destituição do poder familiar movida em desfavor dela".

Além disso, o MP entendeu que há elementos em redes sociais “hábeis a demonstrar que Maika já vem  de longa data engendrando campanha difamatória e caluniosa contra o Ministério Público, o que reforça a suspeita de trama de atentado “, diz a nota do MP, encaminhada à imprensa.

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Os promotores de Justiça, Jui Bueno Nogueira e Rosana Suemi Fuzita Irikura, disseram que existe uma investigação em relação a esse caso com a Polícia Civil, que retornará ao MP assim que for concluído.

O advogado de defesa de Maika, Rodrigo Narcizo dos Santos, apresentou pedido de revogação da prisão preventiva. No entanto, o Ministério Público deu parecer contrário. “A revogação dessa prisão seria justificada com base em alteração fática que demonstrasse a ausência de riscos com a soltura da custodiada, o que por hora, nesse momento, entendemos que os riscos se fazem presentes”, disse a promotora Rosana Suemi.

Caberá, agora, ao juiz da 2º Vara Criminal, Ronaldo Onofre Gonçalves, decidir sobre o pedido da defesa. 

Em 2015, Maika perdeu a guarda de dois filhos, com menos de três anos, que estão em uma casa de acolhimento e podem ser adotados. Uma ação sobre a perda da guarda tramita na Justiça. Os promotores criminais não quiseram se manifestar sobre a destituição do poder familiar porque tramita na promotoria do membro do MP que teria sofrido a ameaça.

Os promotores preferiram não revelar o nome da pessoa ameaçada.

AS CAUSAS

Maika chegou a comentar em sua página pessoal na rede social que perdeu a guarda dos filhos sob a alegação de que não cuidava das crianças, não tinha residência fixa e que morava em local insalubre. Argumentou, ainda, na publicação feita em janeiro deste ano que, já tinha melhorado de situação e estava casada novamente. Alegou também que os filhos sofriam maus-tratos na Casa Acolhedora, o que foi negado pela Secretaria de Assistência Social, responsável pelo órgão.

O advogado Rodrigo Narcizo dos Santos, que cuida do caso da prisão, disse que foram apresentados novos documentos nesta quinta-feira (17) e que está confiante em relação à decisão do juiz sobre a revogação da prisão preventiva.

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