RÁDIOS
Três Lagoas, 18 de março

Mais de dez mil famílias aguardam na fila por casa própria em Três Lagoas

Construção de moradias populares esbarra na falta de áreas públicas no município

Por Ana Cristina Santos
14/07/2018 • 09h00
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Mais de dez mil famílias de Três Lagoas aguardam na lista de espera do Departamento Municipal de Habitação por uma casa própria. De acordo com o último levantamento feito há dois anos, 4,8 mil famílias consideradas de baixa renda aguardavam por uma moradia popular. No entanto, contabilizando os funcionários públicos e pessoas que chegaram recentemente para trabalhar na cidade, o cadastro chega a quase onze mil famílias.

Segundo a diretora do Departamento de Habitação, Sônia Góis, esse cadastro, porém, é classificado por faixa, conforme a renda salarial. Nem todas as pessoas cadastradas são de baixa renda, algumas têm faixa salarial mais elevada, entretanto, também não possuem imóvel.

RECURSO
A construção de moradia popular é um dos debates das sessões da Câmara de Três Lagoas. O vereador Gilmar Garcia Tosta (PSD), por exemplo, sugeriu por meio de indicação que a prefeitura destine 2% do orçamento do município para a construção de casas. Para o parlamentar, “o poder público precisa ter um olhar especial para famílias que encontram dificuldades para pagar aluguel”.

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A diretora do Departamento de Habitação aponta que a solução da falta de casas para famílias de baixa renda esbarra em outro problema: o município não possui áreas próprias para a construção de casas. 

No momento, segundo Sônia Góis, o poder público busca a regularização de uma área que pertencia à extinta Rede Ferroviária Federal, hoje anexada ao patrimônio da União,  nas proximidades do Batalhão da Polícia Militar, para construir cerca de 400 casas.  Essa é a única área pública disponível.

Para construir mais moradias, o município teria que desapropriar outras e aí surge outro problema: o valor elevado de imóveis na cidade. 

Em relação a uma área de 12 mil metros quadrados, localizada às margens da rodovia BR-262, na saída de Três Lagoas para Brasilândia, invadida desde março deste ano por centenas de famílias, a prefeitura já adiantou que não tem interesse em desapropriar.

A dona da área ingressou na Justiça com uma ação de reintegração de posse, mas a Justiça ainda não deu sentença. As famílias alegam que invadiram o local por falta de condições de pagar aluguel.

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