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Três Lagoas, 26 de abril

Manter e melhorar os serviços são prioridades no momento, diz prefeito

Guerreiro diz que cenário econômico atual pede cautela nos gastos e que não vai prometer o que não pode cumprir

Por Ana Cristina Santos
15/07/2017 • 07h50
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Mesmo com uma arrecadação de R$ 242 milhões, em seis meses, e com previsão de fechar o ano com um orçamento de R$ 454 milhões, a Prefeitura de Três Lagoas tenta viabilizar um financiamento de R$ 300 milhões para executar obras de drenagem na cidade. Enquanto não consegue esse montante, o prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) disse ao Jornal do Povo que a prioridade de sua gestão, nesse momento, é manter e melhor os serviços existentes. Pelo menos, até o cenário econômico apresentar melhoras. 

Guerreiro destacou que a atual situação econômica do país pede cautela nos gastos, e que o governo federal não tem liberado recursos para a execução de grandes obras. Além disso, informou que muitas empreiteiras não querem executar obras que dependem da liberação de recursos de emendas parlamentares, devido ao atraso na liberação de verbas por parte do governo federal. “É um recurso seguro, mas muitas empresas não querem participar de licitação quando se trata de emendas parlamentares devido esse atraso na liberação dos repasses. Quando fala que a obra será executada com recursos da fonte zero do município, aparecem várias empresas interessadas”, comentou.

Em razão disso, o prefeito disse que é importante não criar expectativa a respeito de investimentos que vão ser feitos, sem ter a certeza da concretização. “Não podemos falar ‘palavras ao vento’. Esperamos que as coisas aconteçam”, disse o prefeito, ressaltando que o município tenta viabilizar um financiamento para executar obras de drenagem e asfalto na cidade. 

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Entretanto, informou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), não tem recursos disponíveis nesse momento.  A prefeitura tenta agora um financiamento com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), no valor de R$ 160 milhões.  A instituição financeira, porém, exige o mesmo valor de contrapartida por parte da prefeitura. 

O secretário de Infraestrutura Dirceu Deguti disse que os juros do CAF são os menores do mercado- em torno de 2,5% ao ano. Além disso, destacou que o município pode pagar de acordo com os recursos que for conseguindo. 

O prefeito, porém disse que é importante ter cautela em relação ao possível financiamento. “Não podemos criar expectativa na sociedade, estamos no início de negociação desses empréstimos, que não são fáceis para serem liberados, e leva tempo, sem contar que precisa de aprovação do Senado”, destacou Guerreiro, ressaltando que o município está trabalhando nos projetos para quando o valor estiver disponível, já tem a definição de como será aplicado. 

Enquanto não consegue esse montante, o prefeito disse que a prioridade de sua gestão é manter e melhorar os serviços atuais.  “Temos obrigação de cuidar do que já está pronto. É comum os governantes ‘quererem inventar obras’ e esquecer-se do que já tem pronto. Um exemplo, é que parte da malha asfáltica se encontra deteriorada, não suporta mais tapa-buracos, tem que fazer impermeabilização com a lama asfáltica, ou um recapeamento”, comentou.

 

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