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Três Lagoas, 19 de abril

'Atirou contra a polícia, será revidado', diz comandante da PM; veja vídeo

Em entrevista à Rádio Cultura FM, o major Ênio de Souza afirmou que policiais são treinados para o tipo de ocorrência

Por André Barbosa
16/04/2018 • 12h00
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O comandante da Polícia Militar de Três Lagoas, major Ênio de Souza afirmou durante entrevista ao jornal "RCN Notícias", da Rádio Cultura FM 106,5 MHz, que a PM está habilitada para atirar, em resposta à ação violenta de criminosos. Questionado a respeito das mortes de cinco pessoas, pelos policiais, nos últimos três dias, o militar afirmou que a corporação está treinada física, técnica e psicologicamente para o revide e que, com isso, espera reduzir os números de assaltos, furtos, tráfico e outros crimes cada vez mais crescentes, no munícipio.

De acordo com o comandante, as ações policiais, de forma mais contundentes, eram reivindicação da população. "Chegamos a um ponto que tínhamos que tomar uma decisão, de atuar de uma forma mais firme contra a marginalidade. Caso o contrário, acabam ocupando espaço e isto reflete nos números que estávamos acompanhando. O crime migra de modalidade. Quando estamos em operações nos bairros, a marginalidade migra para o centro, em termos de furto e roubo. Procuramos fazer esta adequação, pois percebemos que tínhamos que mudar alguma coisa e, através de reunião com a tropa, houve esta mudança e estamos colhendo resultados”, disse.

O comandante explicou que a morte de cinco pessoas, armadas e em confronto com a polícia, em duas ocorrências distintas nos últimos três dias, pode refletir na diminuição da criminalidade. "A solução para uma ocorrência é conforme o comportamento da pessoa. Se ele (criminoso) de pronto se entrega, negocia com a polícia, resolvermos a crise da melhor forma. Mas, infelizmente, quando há ameaça à vida do policial, ou no caso do marginal atirar contra a polícia, não temos como resolver de outra forma. Será revidado de imediato. É alvejar e socorrer. Infelizmente, ao fazer isso este criminoso abre mão da própria vida. O policial é treinado para combate. Quando o bandido resolver enfrentar esta força policial, é quase 100% de chance de ele perder. Por uma infelicidade ou outra, um policial pode ser alvejado, mas rogo a Deus para isso não acontecer”, afirmou.

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Para o major, a 5ª pessoa morta no domingo, em tiroteio com os PMs , não alterou o comportamento dos policiais e o caso será investigado internamente. “É o que sempre falamos: ‘melhor se entregar e continuar com a vida, que abrir mão dela, de forma absurda’. Os policiais continuam trabalhando normalmente. Somos profissionais treinados para isso. Sabemos do risco da nossa profissão e somos preparados psicologicamente, fisicamente e tecnicamente, para isso. O trabalho continua em prol da sociedade de Três Lagoas. É aberto um inquérito policial militar e civil. Por haver envolvimento de policiais, são recolhidas as armas para perícia”.

Finalizando, major ênio de Souza acredita que a cidade ainda não é violênta. "Pela proporcionalidade, eu diria que está se tornando violenta. Mas vamos conseguir reverter este quadro. Existe risco, a exemplo de cidades como a capital do Rio Grande do Norte que há cinco anos não se falava em fuzil e hoje está tendo, inclusive com quadrilha armada. O Rio de janeiro é outro exemplo de anos, em que m medidas necessárias de forma enérgica não foram tomadas. Três Lagoas está longe disso, mas temos que trabalhar de forma preventiva”.

Assista a entrevista:

 

 

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