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Mau cheiro de estação de esgoto incomoda população

Moradores de diversos bairros da cidade convivem com o problema

Por Redação
20/11/2012 • 08h00
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Moradores de diversos bairros da cidade voltaram a conviver com o problema do mau cheiro provocado pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Planalto/São João. O mau cheiro tem incomodado, não apenas os moradores dos bairros próximos à estação, mas outros como do São Carlos, Guanabara, Santos Dumont e Vila Haro. Isso corre conforme a posição do vento.

Solange Carneiro dos Santos, moradora da Vila São João, sabe bem o que é conviver com esse problema. Ela contou que o mau cheiro aumenta no final da tarde, fazendo com que os moradores tenham que fechar toda a casa para minimizar o problema. “Todo dia de tardezinha começa o cheiro ruim, forte”, disse.

Moradora da rua Bernardino Mendes, no Jardim Planalto, a dona de casa Vera Lúcia da Silva, residente há oito anos no bairro, afirmou que desde que mudou para o local existe esse problema, e que, dependendo do dia e horário, o mau cheiro intensifica-se. “À noite, então, é pior. A gente não consegue nem comer, pois dá ânsia de vômito e dor de cabeça. É horrível”, contou a moradora.

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Durante o período em que a reportagem conversava com os moradores do bairro, na manhã de ontem, quando ventava sentia-se um mau cheiro horrível. “É assim direto. Você quer ver no finalzinho da tarde, é insuportável ficar aqui”, acrescentou Vera Lúcia. A xará dela, Vera Lúcia Benevites, é outra moradora que sabe melhor do que ninguém o que é conviver com o mau cheiro da Estação de Tratamento e Esgoto. Ela mora em frente do local há dez anos e disse que o mau cheiro é insuportável. “Ninguém aguenta ficar aqui fora, dá vontade de vomitar, dá dor de cabeça”, destacou.

João Alves da Silva, contou que, há três anos, quando mudou para o bairro sofreu demais com o problema, mas com o passar do tempo foi forçado a se acostumar já que não tem condições de construir uma casa em outra localidade. “Quando não é o mau cheiro, são os pernilongos. Se os moradores de outros bairros sentem esse fedor, imagine quem mora aqui perto?”, questionou.

SANESUL
Ao Jornal do Povo, o gerente regional da Sanesul, Álvaro Ricardo Calábria, disse que não tinha conhecimento dessa reclamação, mas que estaria verificando. Adiantou que pedirá um relatório a respeito do funcionamento do local para a empresa responsável pela manutenção da ETE. “Sempre há um pouco de mau cheiro. Nos dias quentes, principalmente, o odor aparece”, disse.

Calábria informou que para amenizar o problema será construído um muro no entorno da Estação de Tratamento e também implantada uma cortina vegetal para melhorar o odor. “Sempre existe um odor, o problema é que o bairro chegou próximo à estação. A ETE foi construída no local primeiro que o bairro”, argumentou.

No ano passado, a Justiça condenou a Sanesul e a Log Engenharia Ltda, empresa terceirizada, responsável pela operação da estação a pagar R$ 100 mil por poluição hídrica do Córrego da Onça. A decisão da juíza foi baseada em uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual, em abril de 2005, que acusava as duas empresas de estarem despejando o esgoto da Estação de Tratamento de Esgoto ETE/ São João/ Planalto, no córrego sem o tratamento devido. Apesar disso, segundo o gerente da Sanesul, essa ação foi extinta já que a empresa comprometeu-se em reformar e ampliar a ETE, que inclusive já fora iniciada. Entretanto, a obra está parada (ele não precisou há quanto tempo) porque, de acordo com ele, a empresa que estava executando a obra faliu.

Será necessário, de acordo com o gerente, a abertura de uma nova licitação para contratar outra empresa, a fim de que os serviços sejam concluídos. O prazo para a conclusão da obra, conforme Calábria, é de seis meses a contar do próximo ano. O objetivo dessa nova ETE é tratar todo o esgoto e lançá-lo no rio Paraná. Essa obra, incluídas a de expansão da rede coletora e novas ligações domiciliares de esgoto, foi orçada em R$ 11.483.502,30.

 

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