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Três Lagoas, 25 de abril

Menos de 1% da população de Três Lagoas é doadora de medula óssea, diz Hemonúcleo

De janeiro a agosto deste ano, o órgão cadastrou 130 novos doadores

Por Tatiane Simon
04/10/2017 • 14h40
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Menos de 1% da população de Três Lagoas realizou o cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), segundo a farmacêutica bioquímica do Hemonúcleo, Karine de Barros. De janeiro a agosto deste ano, 130 pessoas tiveram o interesse em ir até o Hemonúcleo para o cadastro de medula óssea. O número representa 0,11% de toda a população três-lagoense.

O saldo revela queda no interesse da população em procurar o Hemonúcleo para fazer o cadastro. Durante os primeiros oito meses de 2015 o órgão registrou 257 cadastros contra 255 em 2014. O órgão não informou a quantidade registrada em 2016.

Com o objetivo de ampliar a quantidade de doadores e salvar mais vidas Brasil afora, o Hemonúcleo, em parceria com a Coordenadoria Regional de Educação, desenvolve nesta quarta-feira (4) uma campanha no Núcleo Tecnológico que funciona ao lado da escola Afonso Pena, localizada na Avenida Antonio Trajano, no centro da cidade, das 18h30 às 21h.

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Interessados em participar do Dia “D” desta campanha, deve ir até ao Núcleo munido de documento de identificação com foto e cartão de SUS. É necessário ter entre 18 e 55 anos. No local, será feito o cadastro, o preenchimento de uma ficha e a coleta de 10 ml de sangue. O Hemonúcleo fará, posteriormente, a análise sanguínea para análise de características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o receptor. 

Os dados pessoais e os resultados dos testes do doador voluntário de medula óssea são armazenados em um sistema informatizado da Redome, que realiza o cruzamento com dados do receptor.

Em caso de compatibilidade, o doador é comunicado para exames complementares e para a possível cirurgia. Todo o custo desses processos é coberto pelo SUS. O processo cirúrgico de retirada do líquido da medula é realizado principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Para a farmacêutica, tabus ainda espantam muitas pessoas. “É preciso romper alguns estigmas em torno da doação de medula óssea, que é capaz de salvar vidas de pacientes que lutam contra patologias hematológicas, como a leucemia”, enfatiza.

Passo a passo para se tornar um doador

- Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, sob anestesia, e se recompõe em apenas 15 dias.

- Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue para testes, que determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

- Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.

- Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.

- Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma em 88 mil!

- Por isso, existe o Redome, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. 

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