RÁDIOS
Três Lagoas, 19 de abril

Mesmo com acidentes e mortes, restauração da BR-262 não é prioridade

Bancada federal de MS não inclui rodovia na lista de prioridades para obras em orçamento

Por Ana Cristina Santos
21/07/2018 • 11h00
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Apesar da quantidade de acidentes, inclusive com mortes - duas apenas nesta semana - registradas na BR-262, rodovia que liga Três Lagoas a Campo Grande, a bancada federal sul-mato-grossense não incluiu as obras de restauração da via na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019 do governo federal. 

A bancada de senadores e deputados do Estado definiu como prioridade a continuação das obras de pavimentação da MS-165, a Rodovia Sul-Fronteira, com investimento previsto de R$ 500 milhões, e a construção de um trecho da BR-419, entre Rio Verde e Aquidauana, com extensão de 228 quilômetros e custo estimado em R$ 409 milhões, além da construção da ponte sobre o rio Paraguai, que integra o Corredor Bioceânico. A obra vai ligar as cidades de Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, no Paraguai, com custo estimado de R$ 116 milhões e extensão de 500 metros.

As obras estão entre as três emendas apresentadas no final do mês passado pelos parlamentares, em Brasília.

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BR-262
O projeto de restauração da BR-262 foi prejudicado por cortes no orçamento do governo federal para este ano. Os R$ 149 milhões reservados para a rodovia foram cortados e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de Mato Grosso do Sul confirmou que não dispõe de mais recursos.

O órgão possui apenas R$ 11 milhões em caixa para iniciar a restauração, que foi licitada no ano passado e teve o Consórcio Ethos/Pavidez/Spazio, vencedor do processo. O departamento chegou a cogitar a possibilidade de iniciar a obra com o valor em caixa, o que não ocorreu. 

O projeto consiste na restauração completa da rodovia, implantação de 32 quilômetros de terceira faixa e construção de remanescente de acostamento de Três Lagoas até o Assentamento Mutum, pouco à frente de Água Clara.

As melhorias são reivindicações antigas de motoristas, e até de políticos, principalmente pela quantidade de acidentes com vítimas na pista.  

O senador Pedro Chaves disse nesta sexta-feira (20) à reportagem que pretende pedir ao senador Waldemir Moka (MDB) a inclusão da restauração dessa rodovia no orçamento de 2019. Moka é o relator do orçamento. Chaves reconheceu a necessidade de investimentos federais na pista, especialmente entre Três Lagoas e Água Clara, trecho onde ocorre maior fluxo de tráfego de caminhões para o transporte de madeira.

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