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Três Lagoas, 26 de abril

'Minha filha nem sabe que o pai está morto', diz mulher de vendedor assassinado no domingo

Larissa Laís de Souza Fontoura, mulher de Camilo de Freitas da Silva, prestou depoimento na 1ª Delegacia de Polícia, nesta terça-feira

Por André Barbosa
22/05/2018 • 16h18
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A esposa do vendedor Camilo de Freitas da Silva, 28 anos, morto no domingo (20), após ser esfaqueado durante uma discussão de rua, disse que ainda não contou a fatalidade à filha, de quatro anos. Larissa Laís de Souza Fontoura, de 23 anos, compareceu na manhã desta terça-feira, à 1ª Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos acerca do assassinato do marido, supostamente por uma cabeleireira de 35 anos, no Centro de Três Lagoas.

Muito emocionada, a esposa do vendedor disse que no dia do crime, ambos discutiam devido ao excesso de velocidade em que ele dirigia o carro da família. Ela teria ficado com medo, devido à filha pequena e pediu para dirigir. O casal voltava de uma confraternização em família e o marido teria decidido passar em uma festa de amigos, antes de voltarem para casa. Segundo ela, Camilo teria parado o veículo, após ser repreendido pela jovem por passar correndo em um obstáculo. “Eu saí do carro e quando ele (o marido) me pegou pelo braço e pediu para eu voltar, a cabeleireira parou o carro, desceu com outros três rapazes e veio brigar com ele. O Camilo disse: ‘Quem é esta vagabunda? O que ela tem a ver com nossa vida?’ e ela sorriu e falou: ‘Vagabunda é? Você vai ver quem é’ e foi ao carro pegar a faca”.

Larissa disse que a mulher teve ajuda do filho e também de outro desconhecido, que teria segurado Camilo, para que a suposta assassina o golpeasse. “Eu estava o tempo todo com minha filha no colo e um deles me levou para o canto e disse para eu me esperar, que eles resolveriam tudo. Só vi meu marido caído, todo ensanguentado e não vi mais nada”, disse.

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“Milha filha só dormia com o pai e ela não tem dormido direito. Ainda não tive coragem de contar a ela que o pai está morto. Essa mulher (possível assassina) destruiu minha família”, disse Larissa, emocionada.

Joice Espindola da Silva, de 35 anos é apontada como a possível assassina de Camilo, segundo testemunhas e a polícia. Ela aguarda intimação por parte da Polícia Civil, para se apresentar e prestar depoimento sobre sua versão do crime. Os advogados da cabeleireira estiveram na delegacia, no momento em que Larissa aguardava para ser ouvida pelo delegado que investiga o caso, mas, desistiram de esperar.

 

Família

Camilo e Larissa estavam juntos há 5 anos. Segundo ela e o sogro, Clovis Donizete Fontoura o rapaz era pessoa amável e trabalhador e que não tinha motivos para ser morto. Ele trabalhava em uma cerâmica no período noturno. “Rapaz gente boa demais, honesto e humilde. Nunca teve problema com bebida. Ajudou criar os irmãos, quando a mãe se separou do pai dele. O considerava um filho. Ele ainda tinha que trabalhar na madrugada, naquele dia”, contou.

Ainda de acordo com o sogro, a família deve se reunir para organizar um manifesto para pedir justiça. “Era um casal novo. Agora que tinha acabado de construir sua casinha. Iam começar a vida agora. Estamos clamando por justiça e vamos reunir bastante gente e vamos para frente do Ministério Público, pedir por justiça. Vamos correr atrás e não deixar que esta mulher fique impune. Vamos fazer manifestação, caso não se resolva por aqui, na Delegacia”, disse.

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