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Três Lagoas, 19 de abril

Misto pede suspensão de partida que o eliminou

A diretoria alega que houve descumprimento do estatuto do torcedor

Por Redação
12/04/2013 • 08h18
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A diretoria do Misto Esporte Clube entrou com um recurso no Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD) contra a disputa de domingo, em Ivinhema que o eliminou do Estadual. O recurso assinado pelo presidente, Jamiro Rodrigues, vice-presidente, Antônio Carlos Teixeira, e diretor jurídico, André Milton do clube, visa pedir a punição por toda a situação ocorrida no jogo entre Ivinhema e Misto, que aconteceu no estádio Luiz Saraiva Vieira, o Saraivão. De acordo com o diretor jurídico do clube, André Milton Denys Pereira, a responsabilidade de todo acontecimento no jogo é do mandante, como prevê o estatuto do torcedor. “O recurso se baseia no estatuto para pedir a suspensão da partida, entre outros [quesitos]”, completou.

Entre os pedidos previstos no documento, estão a eliminação da equipe do Ivinhema do campeonato e que seja realizada uma nova partida, agora em condições normais de jogo. Pede-se também a aplicação de multas e indenizações ao mandante da partida e a interdição do estádio Luiz Saraiva (Saraivão) até que o local esteja compatível com a prática segura do futebol, o que, segundo a diretoria do Misto, dependerá de ampliação, reforma geral, adequação, desfigurando completamente o que é hoje. 

A diretoria do Misto pede também que seja suspensa a partida entre Ivinhema e CENE até o final da decisão deste recurso.

TORCEDORES
Na parte do recurso em que trata exclusivamente dos torcedores o documento fala da agressão sofrida pelos torcedores do Misto, relatando inclusive a agressão ao radialista Adonildo Santos, 53 anos, que se encontra hospitalizado em Dourados com traumatismo craniano – ao todo, seis torcedores de ambos os times ficaram feridos na briga. Um torcedor do Ivinhema teve uma fratura na clavícula. Em outro trecho é relatado que bebidas alcoólicas eram vendidas em latas (distribuídas dentro do estádio), além da existência de pedados de pau e facas e a falta de médicos no estádio. O Misto também critica a não permissão de membros de sua comissão técnica entrar em campo; falta de policiamento adequado; e absoluta falta de segurança para seus torcedores.

Quem se manifestou oficialmente foi o presidente do clube Jamiro Rodrigues de Oliveira. Ele relata uma suposta entrevista de um jogador do Ivinhema  a uma emissora de TV, segundo o documento, dizendo que já teria avisado aos companheiros de clube que cobraria um pênalti aos 45 minutos do segundo tempo. O presidente questiona se isso foi uma grande coincidência ou não já que realmente ocorreu o pênalti que eliminou o Misto.

O recurso foi protocolado ontem, na sede do TJD, em Campo Grande e deve ser analisado pelo tribunal. Até o fechamento desta edição, o Tribunal de Justiça Desportiva ainda não havia se pronunciado oficialmente sobreo documento. Atualmente, membros do TJD estão focados no recurso da equipe do Ivinhema, que tenta anular a suspensão do próximo jogo do time.

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