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Três Lagoas, 28 de março

Moradores do Jardim dos Ipês suspeitam de ‘golpe da panela’

Polícia Civil de Três Lagoas já havia registrado boletim de ocorrência do mesmo golpe no ano passado

Por Sergio Colacino
01/08/2017 • 17h02
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Um conjunto de cinco panelas praticamente indestrutíveis que custa R$ 1,2 mil vendido por metade do preço. De quebra, o cliente ainda ganha outros itens de brinde. Tudo pode ser parcelado em até seis vezes no cartão de crédito. Parece a compra perfeita, mas pode se tratar de um golpe difundido em várias partes do país. O chamado “golpe da panela” já fez vítimas no Paraná, Rondônia, São Paulo e em Mato Grosso do Sul. Agora, moradores do Jardim dos Ipês, em Três Lagoas, suspeitam terem sido alvo dos golpistas nesta terça-feira (1°).

“Eles chegaram em uma caminhonete de luxo oferecendo os produtos. Demonstraram até com uma chave de fenda que as panelas não sofriam riscos. Negociamos o valor, que caiu pela metade. A vendedora é muito boa de ‘lábia’, mas minha mulher e eu decidimos pagar em dinheiro. Quando fui pesquisar na internet, vi que o modo como foi feito era parecido com alguns relatos de golpe e fui atrás deles, que devolveram meu dinheiro”, conta um morador do bairro.

Segundo relatos de vítimas espalhados pelo Brasil, além de forte argumentação, os "vendedores" fazem demonstrações, como jogar tampas de vidro no chão, para provar durabilidade, e, na maioria das vezes, convencem comerciantes e donas de casa. O golpe se dá quando os clientes vão efetuar a compra. Nesse momento é oferecido um generoso desconto aos compradores que optarem por pagamento com cartão de crédito. Uma máquina geralmente apresenta falha de conexão e de transação não efetuada. Os golpistas apresentam uma segunda máquina e voltam a passar o cartão da vítima que, dessa vez, consegue efetuar o pagamento.

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O golpe ocorre na primeira tentativa. A máquina faz a clonagem de dados do cartão do cliente - tática usada também para cobrança duplicada. “Uma senhora acabou comprando no cartão, mas como eu disse que era golpe eles devolveram o valor em dinheiro, mas não sabemos se o cartão foi clonado ou o valor duplicado”, diz a testemunha, afirmando ainda que acionou a Polícia Militar. “Como o carro que eles estavam não tinha irregularidades e eles apresentaram notas, só devolveram o dinheiro e foram embora”, completa.

Outro caso

Em novembro de 2016, uma estelionatária fez pelo menos duas vítimas em Três Lagoas ao vender panelas informando que seriam da marca Polishop. O prejuízo chegou a R$ 1.450,00. As mulheres registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil. Segundo o depoimento delas, uma mulher abordou as vítimas em um supermercado, dizendo que tinha panelas da Polishop para vender. Os itens seriam sobras de uma feira e que venderia mais barato pois queria ir embora. A estelionatária afirmou que as panelas custavam R$ 1.200,00, mas faria por R$ 700 e ainda daria de brinde dois travesseiros. Ao chegar em casa, a vítima descobriu que as panelas eram falsas.

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