Morte de algumas espécies de peixes, inclusive filhotes, como tilápias, carás e lambaris na Lagoa Maior, em Três Lagoas, tem chamado a atenção dos moradores e também da Semea (Secretaria de Meio Ambiente e Agronegócio). Segundo a pasta, que está atenta ao fenômeno da mortandade.
De acordo com o fiscal ambiental da pasta, Flávio Fardin, ainda é cedo para afirmar com precisão o motivo. "Mas a principal suspeita pode ser a baixa oxigenação da água, causada pelas condições climáticas do momento, como a falta de chuvas e aumento na proliferação de microrganismos aquáticos que acabam consumindo o oxigênio dissolvido. Se fosse provocada por algum tipo de produto tóxico, a mortalidade também ocorreria nas aves que aqui vivem e acabam se alimentando dos peixes”, comentou o fiscal ambiental.
Como informou Flávio, entre as medidas já adotadas, foi realizada a medida do pH (Potencial Hidrogeniônico) em alguns pontos da lagoa, porém verificou-se que para este parâmetro as condições estão normais. Será coletada água para uma análise mais complexa envolvendo outros fatores, porém estas são realizadas apenas em Campo Grande.
A princípio, não foi constatado nenhum ponto de contaminação das águas por esgoto ou doenças nos peixes, como constatou o técnico da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), José Américo. Ele possui vasta experiência na criação de peixes, averiguou alguns exemplares mortos e, pelas características observadas nos peixes mortos da Lagoa, a principal suspeita da causa deve ser a baixa oxigenação da água.
Assim que forem obtidos os resultados das análises de água da Lagoa Maior, a Semea irá se manifestar novamente.