RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

Gratidão: Grupo RCN lembra legado daqueles que partiram em 2020

Dinho Costa, Guilherme Filho, Pachequinho e Anderson trilharam histórias únicas dentro da família do Grupo RCN de Comunicação

Por Com carinho de toda a redação
10/01/2021 • 07h00
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Sem sombra de dúvidas, o ano de 2020 foi de muita provação para toda a humanidade. A família do Grupo RCN de Comunicação vivenciou a perda de quatro seres de muita luz, que construíram, cada um ao seu modo, histórias muito bonitas de amizade, companheirismo e profissionalismo ao longo de suas jornadas. Para honrar a memória dos amigos que se foram, nada melhor que pensar e lembrar do muito que vivenciamos juntos. Nesta semana da gratidão, vamos contar um pouquinho sobre cada um deles, tendo a certeza que em nossos corações fica o muito obrigado.

Quem teve a sorte de conhecer Guilherme Filho sabe que história era coisa que não faltava em seu  vasto repertório. Tinha uma cabeça a frente de seu tempo. Vítima da Covid-19, assim como mais de 200 mil brasileiros, ele partiu prematuramente aos 64 anos. Era um garotão como dizia ele, afinal, o 60 se tornou o novo 50. Um dos causos que sempre gostava de relembrar, era sobre a inauguração do primeiro semáforo em Campo Grande. “Era uma coisa muito futurista na época. As pessoas se arrumavam para atravessar o cruzamento da 14 de Julho. Muito pequeno, lembro que a brincadeira de correr logo antes do sinal verde virar vermelho virou febre entre a criançada da época”, contava sempre entre risos.

Ícone sul-mato-grossense, ele também esteve, e continuará por mais dezenas de anos, num dos pontos mais conhecidos da Capital, a igreja de São José. Quando a imagem do santo chegou a Campo Grande para ser colocada no prédio, um acidente fez com que o pé do menino Jesus ficasse danificado. E foi justamente, o Gui, como era conhecido pelos amigos, que, ainda bebê, emprestou o pé para confecção de um molde que substituiria o pézinho do jesus criança.

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Filho de Xangô e Iansã, sempre dizia para não usarmos preto, principalmente, às sextas-feiras. Dono de um gosto bastante refinado para música, era amante do jazz. Em sua sala, no prédio da CBN Campo Grande, nunca faltava uma balinha, um café de cápsula e uma boa conversa. Ele confidenciava aos mais próximos que oferecer um doce a alguém pode ajudar, e muito, na resolução de conflitos. Um pacifista exacerbado, foi conciliador e pai para os repórteres. Mestre das palavras e ideias, adorava um bom debate sobre pautas e reportagens.

Impossível falar sobre ele em uma única reportagem, foi um homem que não cabia em palavras, mas que sabia usá-las com maestria e destreza. Ainda é difícil chegar, olhar para os espaços e não encontrá-lo. Entretanto, como ele mesmo dizia, o show precisa continuar. E para honra-lo, o show vai continuar. Guilherme deixa um pomar semeado com o mais doce dos néctares para a família RCN colher. Frutos duradouros e que vão guiar muitos daqui pra frente. Lá de cima, ele olha por nós, assim como Anderson, Dinho e Pachequinho.

Nesta semana da gratidão, lembrar deles faz com que o sentimento encontre em nossos corações uma morada permanente, para que aos poucos, possamos lembrar de todos cada vez com mais alegria.

Talentoso e transbordava alegria

Alegria. Dinho era de bem com a vida, de bem com o próximo e transbordava talento. Foto: Arquivo Pessoal

No JP há quase três décadas, ainda muito moço o Dinho iniciou suas atividades como colunista social. Educado e receptivo, acatou as orientações para com naturalidade registrar pessoas, festas e eventos que aconteciam em Três Lagoas. Foi uma sensação. 

Bem relacionado e querido pelas pessoas, enfocava com leveza o que acontecia nos meios sociais da cidade. Com o tempo foi formando uma legião de admiradores. Abraçou a arte de fotografar bem como ninguém. Uma das suas características era a alegria, a fineza no trato, a educação, a cordialidade. Mostrou ser comunicativo e alargou sua atuação dentro do Grupo RCN de Comunicação ocupando espaço com programa na TVC.  Inquieto, por um longo tempo experimentou outros desafios... mas o tempo o devolveu ao convívio na nossa organização com muita disposição. 

Cheio de garra foi à luta na empresa que havia alcançado outra dimensão desde a sua primeira passagem. Entusiasmado, cumpriu com dedicação, capacidade e garra as missões e metas que lhe foram atribuídas, inclusive, na área comercial. Atuou no rádio e na televisão em programa de entrevista e abordagem dos mais variados assuntos e acontecimentos. Tudo fazia com alegria. Esse era o Dinho Costa, uma pessoa que celebrava cada conquista. 

E era justamente aí que ele renovava suas forças para perseguir seus objetivos para dia após dia contabilizar seus sucessos. Por onde passava deixava o rastro de quem irradiava alegria. Respeitava e tratava as pessoas com muita cordialidade. Filho amoroso era inexcedível em cuidados e carinho com sua mãe, dona Maria. Essa era a marca do Dinho Costa, que nos deixou muito novo, aos 50 anos de idade, quando foi surpreendido por uma doença sorrateira que ceifou sua vida. 

Para os que com ele conviveram restará a saudade de uma pessoa que só soube fazer amigos ao longo da sua existência. Dinho abre uma enorme lacuna no registro da vida social de Três Lagoas.

Nós do JP lamentamos sua partida, mas um fato é certo, entre nós fica sua eterna lembrança. 

Criatividade era a marca de Anderson Olmos

Amigo: além de excelente profissional. Brincadeiras, piadas e um sorriso no rosto, sempre. Foto: Arquivo Pessoal

Um dia seria pouco para agradecer onze anos de companheirismo. Mais que um bom colaborador um excelente amigo, mas amigo mesmo, daqueles que parava o serviço para ajudar o próximo. Anderson Olmos sempre tinha uma ideia mirabolante para as questões técnicas, e ideias não lhe faltavam. Por isso, o nosso agradecimento pelos momentos mais que especiais que tivemos a honra de compartilhar com você em vida.

No dia da gratidão, 6 de janeiro, lembramos muito da sua personalidade carismática, e não poderia passar em branco essa oportunidade para novamente prestar nossos sinceros agradecimentos. Mas não se trata apenas de um dia, foram onze anos que juntos passamos todas as dificuldades e momentos de alegria. O técnico Anderson Olmos de Castro, de 39 anos, colaborador do Grupo RCN de Comunicação, morreu no dia 31 de julho de 2020, em Três Lagoas. 

Olmos era o responsável pelo Departamento de Edição do Grupo há nove anos e sofreu um grave acidente de trânsito. Ele dirigia uma motocicleta quando foi atropelado por um carro, que invadiu a preferencial, no cruzamento das ruas Alfredo Justino e João Silva. Anderson sofreu politraumatismo e chegou a ser levado para o Hospital Auxiliadora, onde ficou internado, mas não resistiu e faleceu. Olmos era um dos funcionários mais antigos da empresa e acompanhou todo o processo de evolução tecnológica da TV Canal-13.1 e a transição da analógica para a digital. 

Assim como às rádios Cultura FM 106,5 MHz e Band FM 93,5 MHz. Ele era técnico em elétrica, assumiu funções de editor, videografista e arte finalista. Com o olhar sempre atento às imagens e com o coração carregado de alegria, Anderson sempre contagiou a todos. Ele deixou esposa e dois filhos. Também boas lembranças e o agradecimento do Grupo RCN de Comunicação.

Dedicação, serenidade e carinho: Pachequinho foi o cara

João Pacheco era amigo e companheiro de todos. Foto: Arquivo Pessoal

“Pequeno, mal chegava a um metro e meio, mas era uma grande pessoa , além de um grande profissional. Conversa aqui, troca de ideias acolá, Pacheco angariava simpatia. Pedido de opinião eram frequentes, e aí, aparece o outro lado da moeda, tornava -se um grande homem”, assim o amigo e companheiro de trabalho Nino de Assis define João Pacheco Jerônimo, que morreu aos 70 anos.

Pacheco, como era chamado, faleceu após complicações de uma cirurgia cardíaca em 30 de novembro do ano passado.
Pacheco foi operador de áudio na Assunção de Jales, Super Rádio Tupi, Scala FM, Gazeta FM (estas três últimas na capital paulista), Difusora de Paranaíba, além de ter sido locutor na Rádio Cultura AM de Jales e produtor de patrocínios comercial e apoio cultural na Cultura FM de Paranaíba-MS, sendo esta, a última de suas funções no rádio. “Gratidão a João Pacheco Jerônimo, que participou com garra na consolidação do Grupo RCN de Comunicação em Paranaiba, através da Cultura FM. Trabalhador dedicado. Desenvolto e determinado no cumprimento de suas obrigações profissionais”,homenageia Nino. 

Já o locutor Leonardo Guimarães, define Pacheco como afável, calmo e sereno. “Baixinho, franzino e de um coração enorme, foi responsável por ir atrás de tudo no início da Cultura FM Paranaíba, desde sua instalação. Saudade diária e lembranças eternas”, disse. “João Pacheco Jerônimo um homem a ser lembrado com carinho e respeito por todos que tiveram a felicidade de viver ao seu lado”, finaliza.

 

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