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Três Lagoas, 19 de abril

Nível de água na Lagoa Maior está 20 cm abaixo do ideal

Secretaria do Meio Ambiente irá iniciar trabalho para esvaziar as caixas de contenção no entorno do local

Por Danilo Fiuza/JP
08/09/2012 • 09h41
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A escassez de chuva em Três Lagoas tem afetado o nível de água da Lagoa Maior, que está 20 centímetros abaixo do ideal. Outro fator que contribui para esse problema é que o sistema de bombeamento que faz a sucção da água da 2ª Lagoa para a Lagoa Maior não está funcionando. O secretário do Meio Ambiente, José Estevão, disse que tomou conhecimento do não funcionamento da bomba nesta semana, mas que a manutenção estaria sendo providenciada.

De acordo com o secretário, uma medida paliativa será jogar 70 centímetros de água da 2ª Lagoa para a Lagoa Maior, que ficaria com 15 centímetros a mais. “Essa seria uma medida paliativa para melhorar o ambiente da Lagoa Maior. Com o nível mais elevado, melhora a decantação e oxigenação do local. Mas, a falta de chuva tem uma coisa interessante, porque não entra material orgânico na lagoa”, comentou.

Conforme explicou o secretário, a 2ª Lagoa tem uma profundidade maior do que a Lagoa Maior, porém, ela também está com o nível de água baixo. “Em razão do assoreamento, está havendo o entupimento da tubulação e isso atrapalha o bombeamento de água da para a Lagoa Maior”, esclareceu.

Nos próximos dias, a Secretaria do Meio Ambiente irá iniciar um trabalho para esvaziar as caixas de contenção no entorno da Lagoa Maior. Segundo José Estevão, esse é um serviço de prevenção para que, quando chegar o período de chuvas, as lagoas de contenção tenham capacidade para comportar as águas pluviais.

“As pessoas poderão estranhar o fato de as lagoas de contenção ser esvaziadas, mas isso é importante para evitar que as águas das chuvas venham diretamente para a lagoa, evitando assim o assoreamento do local”, ressaltou.

Em relação às macrofitas, o secretário informou que algumas foram retiradas, pois é importante manter uma quantidade mínima para não prejudicar o oxigênio da água. “A manutenção é importante para que se mantenha um ambiente aceitável no local”, frisou.

José Estevão adiantou que a intenção da Secretaria do Meio Ambiente é criar uma comissão, formadas por técnicos, entre outros membros da comunidade, interessados na preservação da Lagoa Maior, para discutir e tratar de assuntos relacionados ao local.

Uma das questões que deve ser discutida com a população é referente ao Plano de Manejo, elaborado pela Universidade Federal, o qual recomenda uma série de medidas a serem implantadas no local.

“Tem que ser discutida a situação dos animais na lagoa, se vai haver a retirada deles ou não do local, já que o plano recomenda a não criação de gansos e capivaras na lagoa. É uma série de fatores que precisam de decisões. Se não for criada essa comissão, não conseguiremos sair do lugar”, salientou.

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