Hoje comemora-se o Dia Internacional da Enfermagem e durante o período da pandemia, a importância do trabalho desses profissionais não poderia estar mais nítida: são eles que recebem os infectados, os acolhem e checam diariamente suas condições físicas, emocionais e psicológicas. São eles também, muitas vezes, as últimas pessoas que têm contato com aqueles que não resistem à doença.

Como é o caso da dona Silvia Marciano de Oliveira. Ela que é enfermeira e há 4 anos trabalha no Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas. Desde o início da pandemia do coronavírus, ela está lá... Verificando a evolução dos pacientes, acolhendo e acalmando os internados.

Em cada plantão, a dona Silvia resiste. Resiste ao cansaço, ao negacionismo da doença que existe do lado de fora do hospital. Resiste ao medo do pior!

E ela não está sozinha... Hoje, o Brasil conta com mais de 2 milhões de profissionais dessa área, entre enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem.

Dados do Ministério da Saúde apontam que pelo menos 484 mil enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem foram infectados pelo novo coronavírus até março deste ano. E pior: mais de 700 deles morreram desde o início da pandemia.

Por outro lado, em maio, os números são mais confortáveis. As mortes por complicações da Covid-19 entre profissionais da enfermagem caíram em todas as regiões do país no mês de abril. De acordo com o Conselho Federal da categoria, foram 24 registros no mês passado, enquanto em março, 83 profissionais perderam a vida para a doença. As razões pra isso: trabalhadores vacinados com as duas doses e EPIs de mais qualidade.