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Três Lagoas, 18 de abril

Nosso turismo anda ruim

Por Mario Eugenio Saturno
26/01/2019 • 06h52
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O turismo no Brasil é um gigante adormecido, com um potencial gigantesco, Sol e praias de beleza inacreditável, turismo religioso, histórico, de aventura e cultural, Floresta Amazônica, Caatinga, Pantanal, dunas... Mas com desempenho de envergonhar os responsáveis da área. 

Em 2018, nenhuma das 100 cidades mais visitadas por estrangeiros no mundo era brasileira. 
Ao que parece, a Olimpíada e a Copa do Mundo, que expuseram bem o Brasil, não produziram um resultado expressivo, visto que, em 2017, 6.5 milhões visitaram o país, pouco mais que em 2016 (com 6.4 milhões) e na Copa do Mundo de 2014 (6,3 milhões). Ainda estamos perdendo feio para a Torre Eiffel,visitada por sete milhões de pessoas todo ano. 

Entre os que vieram, 2,6 milhões eram argentinos, e foi 14% a mais do que em 2016. Depois, recebemos dos Estados Unidos 475 mil viajantes, registrando uma queda de 7%, e o Chile com 342 mil pessoas, 5% a mais. 

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Pelo Estado de São Paulo, entraram um terço (2,14 milhões) de todos os turistas estrangeiros. O Rio de Janeiro fica em segundo lugar com 1,36 milhão ou um quinto do total e o Rio Grande do Sul em terceiro com pouco menos de um quinto ou 1,27 milhão. A maioria dos turistas veio por avião (63,5%). Pelas estradas vieram 2,25 milhões e, por navios, 52,5 mil. 

Em fevereiro do ano passado, o Brasil adotou o visto eletrônico para Austrália, Japão, Canadá e Estados Unidos, que provocou uma procura maior de pedidos de autorizações de entrada no país. O “e-Visa” facilitou a concessão de vistos para turistas e reduziu o custo, de US$ 160 para US$ 40 (além de uma taxa de US$ 4,24) e o prazo médio, que era de 30 dias, caiu para até cinco dias. Veremos se produziu algum resultado plausível. 

De qualquer forma é preciso atacar o custo altíssimo do Brasil, especialmente para estimular o turismo interno, fomentar mais empresas de turismo, especialmente as individuais que promovem o turismo religioso e de festas locais em larga escala. É preciso ainda criar algum seguro para garantir o turista. Para o turista estrangeiro, o governo poderia articular um retorno em espécie ao turista para gastar no país. Ou ainda facilitar pagamento, através de empréstimos nos moldes da venda de aviões e outros produtos. Enfim, precisamos de muita criatividade. 

*É técnico aeroespacial.

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