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Três Lagoas, 28 de março

Novo projeto prevê conservação das araras em Três Lagoas

Araras canindé são comuns na área urbana e chamam a atenção na cidade

Por Kelly Martins
18/08/2017 • 11h02
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A grande quantidade de araras canindé, em Três Lagoas, chama a atenção e começa a preocupar os órgãos de defesa, quanto à preservação das aves. Um estudo deverá ser realizado na região, inicialmente, para saber quantos pássaros há atualmente e também qual a melhor forma de manter a reprodução. É o que busca o secretário municipal de Meio Ambiente e Agronegócio, Celso Yamaguti.

Ele visitou o Instituto Arara Azul de Campo Grande para saber quais ações podem ser realizadas em Três Lagoas. Durante a visita, o secretário falou com a diretora do Instituto, Elisa Mense, e descobriu que desde 1990 é realizado um trabalho com diversas espécies na região do Pantanal e na capital. “Na época existiam, segundo os pesquisadores, cerca de dois mil exemplares da arara azul, ou seja, estavam quase em extinção. E hoje, após um extenso trabalho, são mais de seis mil”, comentou o secretário.

Esse resultado extremamente positivo, segundo a pesquisadora Neiva Guedes, uma das principais responsáveis pelo projeto, se deve a um trabalho que é composto de uma série de ações e, uma delas, foi a colocação de 130 ninhos artificiais, sendo que 80 permaneceram ativos e, desses, 60 conseguiram criar um ambiente propício para que a espécie se reproduzisse.

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“Inicialmente, o nosso intuito era procurar ajuda para que evitássemos que a espécie matasse as palmeiras da cidade para fazer ninho e, ao mesmo tempo, criar ações que permitissem a permanência e a reprodução do animal. Porém, descobrimos que, independente da colocação de ninhos artificiais, ainda assim há grande possibilidade de as araras procurarem a palmeira para se reproduzirem, pois isso é algo natural da espécie”, diz Yamaguti.

Foi solicitado que os pesquisadores do Instituto venham até Três Lagoas para analisar o ambiente e as araras. Além disso, esses especialistas deverão realizar uma palestra sobre o assunto com foco de explicar como funcionam as ações que permitem a preservação das espécies de arara.

“É necessária essa análise e formação para que não façamos ações que não gerem frutos. Um dos nossos pensamentos, já que os ninhos artificiais não impedem a morte das palmeiras por parte da espécie, é estudar a possibilidade de se plantar mais palmeiras na cidade ao longo dos anos, permitindo assim que as araras tenham mais opções de locais para construir seus ninhos e, até mesmo, utilizar o Viveiro Municipal de Mudas para produzir árvores frutíferas que servem de alimento para elas”, finalizou o secretário.

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