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Três Lagoas, 26 de abril

Número de mortos em troca de tiros com a polícia chega a 11 no ano

Todos os casos foram classificados como legítima defesa pelo comando da Polícia Militar

Por Valdecir Cremon e Ana Cristina Santos
29/12/2018 • 08h00
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Thiago Antônio dos Santos Pedre, de 30 anos, morreu durante troca de tiros com policiais militares de Três Lagoas, nesta quarta-feira (26), no conjunto habitacional Novo Oeste, zona Oeste da cidade. Ele teria sido reconhecido por testemunhas como autor de assaltos a supermercados da cidade e fugia da polícia quando ocorreu um tiroteio.

Segundo o comando da PM, Thiago usaria uma moto nos ataques, sempre armado com um revólver. Um dos assaltos atribuídos a ele foi a um supermercado do bairro Jardim das Oliveiras, também da zona Oeste, dia 21 de dezembro, de onde ele teria levado todo o dinheiro de um caixa. A quantia não foi divulgada.

A reportagem não conseguiu confirmar informações de que Thiago era acusado por crimes cometidos no Estado de São Paulo nem que tivesse ligação com uma facção criminosa paulista. Ele era natural de Araçatuba (SP). 

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A troca de tiros com policiais da Força Tática ocorreu após Thiago invadir um  condomínio. "Ele atirou no próprio pé", disse o comandante da PM, major Ênio de Souza. Em seguida, foi atingido por dois tiros.
A Polícia Civil recolheu quatro revólveres e projéteis deflagrados, que estariam com Thiago e com os PMs, para  exames em um laboratório de Campo Grande. 

O delegado Orlando Vicente Abate Sacchi disse que "apenas duas pessoas" devem prestar depoimento no inquérito. "Vou ouvir essas pessoas e aguardar os exames [nas armas] para fechar o inquérito", disse, antes de enviar ao Ministério Público.

O delegado ainda aguarda o envio da ficha criminal de Thiago pela Polícia Civil de São Paulo.

Número de mortos em troca de tiros com a polícia chega a 11 no ano

Somente neste, 11 pessoas morreram em troca de tiros com policiais militares de Três Lagoas. A ocorrência mais recente do tipo ocorreu nesta quarta-feira (26).Os dados são do 2º Batalhão da PM.

Todos os casos foram classificados como legítima defesa pelo comando da Polícia Militar de Três Lagoas e do Estado. Os policiais responderam a inquéritos, que foram arquivados a pedido do Ministério Público.
Segundo versões da PM, todas as mortes ocorreram durante confrontos em que bandidos teriam recebido policiais a tiros. Em um deles, dois fugitivos da Unidade Educacional de Internação (Unei) foram mortos após reagirem à prisão, em julho deste ano. A dupla teria participação direta em três homicídios. 

O caso mais grave ocorreu em abril, com a morte de quatro suspeitos em uma área próxima ao presídio da cidade. Dois deles eram menores, de 16 e 17 anos, sem passagens pela polícia.  Nenhum deles tinha documentos e foram reconhecidos por familiares.

Armas apreendidas com suspeitos foram juntadas a processos e passaram por perícia para comprovação de uso e funcionamento. As armas de policiais também foram analisadas.

Apesar de envolvidos em casos assim, nenhum policial foi tirado dos serviços de rua. O comando do 2º Batalhão alega que faltam policiais para o trabalho e que a remoção para serviços internos do órgão prejudicaria ainda mais o policiamento nas ruas. 

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