RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

O acidente nosso de cada dia

Leia o editorial deste sábado do Jornal do Povo

Por Redação
23/03/2019 • 08h39
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É sempre a mesma cena. Início da manhã ou final da tarde, ambulâncias do Samu, unidades de pronto atendimento do Corpo de Bombeiros, guardas de trânsito e policiais militares cruzam ruas e avenidas de Três Lagoas com sirenes e giroflex ligados.  É o “acidente nosso de cada dia” no trânsito de Três Lagoas. E a maioria deles com envolvimento de motos, bicicletas e pedestres. Alguns muito graves.

Em dezembro do ano passado, uma mulher de 45 anos seguia de bicicleta para o trabalho, perto das 7h. Um carro não parou em um cruzamento da avenida Antônio Trajano e a batida foi inevitável. Resultado: fratura exposta da trabalhadora em uma das pernas. Em janeiro deste ano, um casal saía de uma lanchonete no momento em que um motoqueiro passava feito doido. Resultado: o homem morreu atropelado.

São apenas dois das dezenas de acidentes registrados todos os meses na cidade. Só no ano passado, 14 pessoas morreram no trânsito três-lagoense. Neste ano, três. Números muito altos para uma cidade com sinalização atualizada e asfalto degradado - incompatibilidades evidentes para acidentes, feridos e mortos. 
Então, o que justificaria ou poderia explicar os acidentes? O setor de trânsito da prefeitura aponta imprudência de motoristas. E não é pra menos! As avenidas têm se transformado em pistas de corrida e as ruas, de rally, apesar de tudo o que “cerca” a ocorrência de abusos. 

Há quem aponte que a inclusão de temas ligados ao trânsito na grade curricular das escolas seria saída. Outros apontam para o aumento do valor de multas e da perda de pontos. Porém, o ensino de trânsito já ocorre nas escolas, as multas são um abuso em termos de valores e a perda de pontos também!
O que sobra, portanto, é a falta de juízo, de respeito e de cuidado, além da desatenção e despreparo de motoristas. Não apenas de motociclistas.

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