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Três Lagoas, 25 de abril

Os lobistas e a reforma da Previdência Social

Leia o Editorial na edição deste sábado (16) do Jornal do Povo

Por Da Redação
16/02/2019 • 07h54
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O governo federal começou a divulgar, nesta semana, detalhes de seu projeto para a reforma da Previdência. Coube ao presidente Jair Bolsonaro revelar que a proposta de idades mínimas é de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Resta, ainda, outras mudanças no regramento  atual e quais novos “sacrifícios” serão impostos aos brasileiros para que a Previdência Social não afunde de vez.   

Já se sabe, também antecipadamente, que o governo pretende ampliar as contribuições mínimas e o tempo de contribuição. Não é previsível, porém, que haja alterações para afetar direitos adquiridos por quem já se aposentou. Fora de cogitação.

O grande embate que perdura, mesmo após o anúncio de Bolsonaro, é o tempo de contribuição de várias classes, além de fatores como teto e o acúmulo de benefícios. Enquanto o governo fala em cortar vantagens e privilégios, opositores da proposta querem manter bases atuais e até encurtar tempo de contribuição. Para isso, atacam com lobistas dentro e fora do Congresso Nacional, onde, na verdade, tudo será decidido.

Para isso até se ignora que a Previdência não terá como se sustentar, em poucos anos, se nada for feito com urgência. A diferença de valores do que entra como contribuição e o que sai como aposentadorias e benefícios é assustadora e passa, sem dificuldades, da casa dos bilhões de reais a cada ano, com tendência de crescer com a pressão exercida por lobistas.

A definição de nova idade para homens e mulheres, alteração no fator previdenciário, aumento de contribuição ou qualquer outra mudança possível passará por debates e avaliações políticas, sem prejuízo da participação e envolvimento de defensores de privilégios - lobistas que afirmam querer “salvar” a Previdência, mas não abrir mão de vantagens. Bastará ao governo ter força política para apertar o cinto, alterar o que precisa, pelo bem da Previdência e do país.

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