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Três Lagoas, 25 de abril

O ano perdido

Leia o Editorial da edição do Jornal do Povo deste sábado

Por Redação
05/12/2020 • 06h00
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É mais do que comum trocar impressões sobre o tempo que passou rápido demais em 2020. E não é incomum a sensação de que viveu-se um ano perdido.
Sobram argumentos. A começar pela pandemia que lançou a sociedade num ambiente de medo e incertezas, diante do desconhecido, reverberando em seguida num ambiente de conflito entre os que seguiam temendo e defendendo o isolamento e o distanciamento social e os que preferiam minimizar perigos e medidas para garantir o pleno funcionamento das atividades econômicas de um modo geral.

No bojo dessa discussão interesses econômicos e políticos diversos que se arrastavam de um ponto a outro das redes sociais, desafiando na maior parte de tempo os limites do bom senso.

A partir da pandemia e de seus efeitos, a discussão em torno das reformas administrativa e tributária, ficaram boa parte do ano em segundo plano. Afinal o Congresso não funcionou com a intensidade devida.

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As reuniões virtuais, o ensino remoto, as lives substituindo os encontros trouxeram o que se passou a chamar de “novo normal”.

Natural e inevitavelmente, vieram a recessão, o recuo do crescimento da economia e o enfraquecimento das finanças públicas, cuja boa parte dos esforços direcionou-se para a emergência social, deixando a zero a capacidade de investimento.

E este é mais um fator a deixar a sensação nada avançou, nada se fez, nada prosperou.

Mas a sociedade seguiu em frente. Na crise, o mercado virtual cresceu a utilização da tecnologia deu saltos, as relações ganharam uma dimensão de maior respeito. E, por fim, as eleições mostraram também que a maioria presente e participante está fugindo dos estereótipos e dos extremos que abusam deles.

A inovação nas atividades empresariais, por exemplo, desafio organizações e pessoas. A busca de novos e mais modernos negócios, por exemplo, foi intensa e, ao final da pandemia, logo mais adiante, o legado dos que buscaram  caminhos e práticas novas será amplamente compartilhado.

A pandemia ceifou vidas, trouxe prejuízos mas, apesar da tristeza e do medo, não matou a esperança. 

Mais que isso, a pademia, além de suas questões intrínsecas já referidas, quando servida na mesa dos debates, ainda contribuiu para a radicalização de posições num momento em que muito melhor melhor seria que todos caminhassem na mesma direção. Corrigindo rumos, se necessários, mas ombro a ombro e não cara a cara, como se viu boa parte do tempo (neste caso, realmente perdido).

O ano portanto, duro e até cruel, não foi perdido na medida em que essa esperança pode se tornar certeza pela mão dos que seguem adiante desafiando as crises e acreditando que o futuro dos vencedores é  para os que não desistem. E não perdem a fé em si mesmos.

 

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