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Três Lagoas, 20 de abril

O legado das startups

Leia o artigo de Marina Brandão na edição deste sábado (16) do Jornal do Povo

Por Marina Brandão
16/02/2019 • 08h03
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As metodologias ágeis parecem ter tomado conta do mercado e a impressão que tenho é que para todo lugar que olhamos encontramos referências e indicações desse que já se tornou um grande legado da indústria de desenvolvimento de softwares.

Mas, antes de entender o porquê e como as metodologias ágeis podem e devem ser aplicadas em todas as áreas e tipos de empresas, acho importante conhecermos como surgiram e como passaram a ser tão relevantes no mundo pós-digital e na indústria 4.0.

A era digital democratizou o acesso à informação e à tecnologia. Como consequência, a entrada de novos players tornou o mercado mais competitivo. Para acompanhar esse dinamismo, a indústria de desenvolvimento de softwares precisou se adaptar e abandonar o antigo modelo de produção, considerado lento e burocrático. O ritmo acelerado das transformações cobrou dos desenvolvedores uma mudança de mindset, com o objetivo de reduzir o ciclo de produção de anos e meses, para semanas, dias e até mesmo horas. Assim, em meados de 1990 surgiu o conceito de Agile - agilidade, que seria aplicado a várias metodologias de desenvolvimento e produção.

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Entre as características encontradas em todos os métodos ágeis, além de agilidade, estão processos incrementais (o oposto de projetos feitos em “linha de produção”); colaboração dos clientes; adaptabilidade (cada projeto tem seu próprio ritmo e está sujeito a passar por modificações); simplicidade, com feedback constante; projetos com equipes pequenas, mas de alto nível técnico; além de competências complementares.

Hoje, os métodos ágeis mais comuns de serem encontrados são FDD, XP, MSF, DSDM e Scrum. É claro que não existe a melhor para ser aplicada ou adaptada, mas sim aquela que melhor se adequa à cultura da empresa e ao projeto em questão. Fato é que as empresas se apropriaram de alguns dos principais conceitos para tornarem-se mais ágeis e tecnológicas.

É importante destacar que, apesar de descontruir o antigo mindset linear de produção, as metodologias ágeis não desprezam completamente as boas práticas das técnicas tradicionais, mas sim complementa, adicionando abordagens e simplificando alguns processos antigos, proporcionando uma maneira mais direta de lidar com os problemas encontrados ao longo do percurso.
 
*É administradora de empresas.

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