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Três Lagoas, 19 de abril

O desafio de começar a importar

Bio Dan Turkieniez é engenheiro e especialista em comércio exterior

Por Redação
19/05/2018 • 08h11
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No início, qualquer atividade pode ser desafiadora e com a atividade de importar não seria diferente. Empreendedores que nunca adquiriram produtos no exterior tem receio de dar o primeiro passo, mas ao mesmo tempo, estão limitando suas possibilidades e isso pode impactar, ou até inviabilizar, um produto ou projeto.

Em 2017, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), de 43.063 empresas que importaram algum tipo de produto, 10.107 não haviam feito nenhuma importação no ano anterior. Ou seja, mais de 23% das empresas estava iniciando, ou reativando, suas operações de importação no ano passado. Esse volume expressivo ocorre porque a oferta global de insumos, produtos acabados, equipamentos a preços competitivos com tecnologia avançada e qualidade de ponta é uma realidade.

Outro dado interessante é o aumento no volume de importações de insumos e produtos intermediários, aqueles destinados à produção ou revenda. Ao avaliarmos os produtos intermediários da indústria química, por exemplo, nos meses de janeiro e fevereiro de 2017 com os mesmos meses de 2018 identificamos, através de dados da Receita Federal, um aumento de, aproximadamente, 23,3% em valor de importação. O número deve-se a empresas importadoras que, com a retomada da economia, estão mais confiantes e investindo em sua produção ou estoque para revenda.

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Já que isso é uma realidade para quem importa, deve ser encarado como uma oportunidade para quem ainda não começou a explorar essa modalidade. É importante lembrar que riscos existentes em compras locais também são uma realidade nas compras internacionais. É prudente em uma primeira aquisição de um fornecedor desconhecido fazer uma visita presencial, buscar referências de outros compradores ou mesmo comprar um lote inicial menor para testes.

Existem ainda mecanismos que um comprador internacional pode utilizar para não ter surpresas. Por exemplo, ao invés de efetuar um pagamento antecipado ao fornecedor, é mais interessante negociar uma Carta de Crédito para pagamento das mercadorias, ao menos, ao longo de um período de reconhecimento entre as partes.


*É engenheiro e especialista em comércio exterior.

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