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Três Lagoas, 19 de março

'O esporte ajudou a me curar', diz bombeira vítima de câncer

Diagnosticada com cisto no ovário, após cirurgia, militar participou de competição estadual

Por André Barbosa
18/10/2017 • 07h15
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Viviane Haine Ceolin, 30, bombeira militar em Três Lagoas apostou na fé e no esporte, como formas decisivas de superação ao câncer. Acometida pela doença em 2012, passou por quatro cirurgias durante um ano e teve a cura estabelecida. Desde então, passou a praticar atividades físicas e se apoiar na fé para garantir a qualidade de vida. Recentemente, uma forma benigna da doença se manifestou no ovário e, novamente, a atleta passou por intervenção cirúrgica preventiva em que retirou o órgão. Ainda se reestabelecendo, fez questão de participar pela segunda vez da Corrida das Bombeiras, que aconteceu no início deste mês, em Campo Grande.

A corrida reuniu centenas de militares e civis em prol da luta contra o câncer, dentro das celebrações do Outubro Rosa. Devido à recente cirurgia, Haine não pode correr, mas caminhou junto a outras companheiras de farda, completando todo o percurso da prova: 2,5 quilômetros de caminhada e outros cinco de corrida.

“Após a descoberta da doença, minha rotina foi de treino e esforço físico, sem abandonar a academia. Fui poupada dos tratamentos por quimioterapia e da radioterapia. Fiz questão de participar das duas edições da corrida. O médico me orientou a não correr e liberou apenas a caminhada, por conta do esforço físico, na região do abdome”, contou.

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Haine revelou que sua família possuí histórico de câncer. “Apesar de meus pais terem sofrido do mesmo mal, eu não esperava e nem queria. A aceitação foi difícil, mas tive apoio de meus irmãos e de meu esposo. Entretanto, quando a doença é descoberta em seu início, é muito mais fácil de se curar. Hoje, a tecnologia facilita o tratamento e a prevenção”, disse a soldado”.

A soldado acredita que a maior vitória contra o mal, obteve com a ajuda dos exercícios e recomenda às pessoas. “Todas as mulheres, portadoras da doença ou não, devem encontrar na prática de atividades físicas e esportivas, a força e a garra para superar a doença. Além do benefício físico que proporciona, melhora a parte psicológica e também a social, em que leva os praticantes a conhecer e interagir com mais pessoas que também buscam vencer essa doença”, explicou.

Finalizando, a bombeira militar conta que fez questão de par participar da corrida. “Por minha situação tinha que ir. Foi uma forma de agradecer a Deus que, por mais que tivesse o problema, tudo está bem agora e a cirurgia foi um sucesso. A vida segue. É preciso praticar esportes e esquecer a vida sedentária, por dois motivos: o fisiológico, em que o corpo em trabalho, libera endorfina ( proteínas de grande poder analgésico que estão presentes em estado natural no cérebro) e o psicológico, que requer mais cuidado. Quem se entrega a doença, vai decaindo. O esporte te leva ao contato com outras pessoas. Também, a fé, que faz toda a diferença para não cair na depressão. O que os médicos não fazem, está nas mãos de Deus”, disse Haine.

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