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Três Lagoas, 25 de abril

O futuro da ortopedia bem aqui!

Especialista fala da prótese navegada Amplitude, que dispensa uso de cimento ósseo e possui elevada margem de precisão

Por Tatiane Simon
20/01/2018 • 09h20
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Referência em ortopedia em Mato Grosso do Sul, o especialista Ibsen Arsioli, que também atende em Três Lagoas, participou em novembro passado de um curso prático de sua área em Grenoble, na França. O médico foi o único do estado a participar do evento internacional e representou toda a região Centro-Oeste. 

O principal objetivo da viagem foi a busca por mais conhecimento na área e ter contato atualizado com a tecnologia aplicada por especialistas franceses.  “A França é o berço da ortopedia e, por isso, lá é onde os estudos são mais avançados e há tanto estímulo para pesquisas e testes”, aponta.

Com médicos do mundo todo, o especialista em joelhos teve oportunidade de conhecer novidades tecnológicas de ortopedia, como a prótese navegada Amplitude, que dispensa uso de cimento ósseo e possui elevada margem de precisão. 

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Segundo Ibsen, a partir de um desenho digital, em terceira dimensão, é feito um mapeamento do joelho e do corte cirúrgico. “A precisão de um cirurgião, numa intervenção normal, vai de zero a cinco milímetros. Neste tipo de prótese a diferença não chega a um milímetro”, explica.

Na prática, o resultado da cirurgia é tão próximo da perfeição que garante ao paciente operado um melhor alinhamento dos joelhos, bom balanço dos ligamentos nas articulações dos joelhos e mais segurança nos movimentos. 

Vislumbrado com tudo o que aprendeu, Ibsen diz que todo este conhecimento se transforma em motivação para tornar isso uma realidade em Três Lagoas. “Trata-se de uma novidade para o mundo todo. A França é o país mais adiantado com pesquisas e uso de prótese. No Brasil, o assunto ainda é bastante embrionário. Meu objetivo é que Três Lagoas seja pioneira na história ortopédica do país a utilizar uma prótese robótica”, salienta.

Cenário atual
A prótese navegada Amplitude caminha para ser uma realidade no Brasil e, principalmente, em Três Lagoas, mas a falta dela não significa que os pacientes da cidade careçam de atendimento e excelentes cirurgias de artroplastia de joelho. Para se ter uma ideia do quanto o Hospital Auxiliadora se importa com os pacientes da rede pública de saúde, de abril a novembro deste ano a instituição praticamente zerou a fila de espera. Pessoas que aguardavam havia anos por uma cirurgia, finalmente a conquistaram. 

“Vi idosos chegarem aqui em cadeira de rodas e após serem submetidos ao procedimento cirúrgico com resultado satisfatório, saírem andando normalmente. É uma enorme satisfação. Ainda mais por participar de uma mudança na qualidade de vida da pessoa”, disse o especialista.

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