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Três Lagoas, 28 de março

O medo que atormenta

Confira o editorial do Jornal do Povo deste sábado (30)

Por Da Redação
30/12/2017 • 12h47
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Os brasileiros entram em 2018 nesta segunda-feira, dia primeiro, com diversas expectativas. Entre elas, como será a participação da seleção brasileira na Copa da Rússia, em junho. Mas, também, preocupados com o futuro econômico do país, as eleições, o capítulo final da novela etc. Entre tantas "razões" para preocupação, uma delas não falta em todas as listas: desemprego. 
Os números mais recentes do Ministério do Trabalho mostram que empresas demitiram mais em todas as regiões do país, em novembro, mesmo mês do início da vigência da reforma trabalhista - as tais regras de facilitação da geração de emprego, ao que parece, não deram o resultado prometido. Mas, não será somente esta a causa das demissões.
O empresariado ainda desconfia do que pode acontecer no país em 2018 exatamente pelo grande número de interrogações quanto às eleições. Será um ano de eleições gerais, com a escolha de novo presidente, senadores, deputados federais e estaduais e governadores. Ou seja, será uma eleição de renovação pouco menor que uma troca geral de comandantes dos poderes. E, por isso mesmo,  preocupa. 
É certo que os rumos da economia não serão os mesmos em um governo eventualmente desalinhado do de Michel Temer. É certo que o avanço do radicalismo representado por duas pré-candidaturas é motivo de preocupação. E é também certo que um possível continuísmo do modelo atual não agrada a maioria - é o que dizem pesquisas de avaliação do governo atual. Todas com índices de rejeição elevadíssimos. 
O Ibope identificou, em outubro, que o medo do desemprego é o que mais assusta os brasileiros. E não é sem razão. O volume de desempregados é histórico, acima de 12 milhões de pessoas, e os desligamentos aumentaram, por exemplo, em Três Lagoas, pelo quarto mês seguido. A cidade que já desfrutou de uma situação assemelhada a de pleno emprego e que em novembro conseguiu contratação de 520 trabalhadores, também é vítima do medo que assombra igualmente empresários país afora.
O alento, agora, é que as perspectivas de crescimento, em 2018, são positivas. A cidade mantém a liderança entre municípios exportadores no Estado e tem projetos de novas empresas em estudo. O que resta ao trabalhador e a empresários, neste momento, é confiar que as previsões se confirmem e, em outubro, saberem votar para eleger os melhores e mais preparados. Feliz Ano Novo!

 

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