RÁDIOS
Três Lagoas, 25 de abril

Obesidade infantil e sedentarismo desencadeiam diabetes em crianças

Crianças e adolescentes obesos têm quatro vezes mais probabilidade de desenvolver o diabetes tipo 2, segundo pesquisa

Por Tatiane Simon
17/11/2019 • 07h15
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Sentadas com um smartphone em mãos. Olhos vidrados no conteúdo, geralmente, audiovisual que o aparelho transmite. A descrição é da maioria das crianças e adolescentes da atualidade. Também representa outra realidade: o sedentarismo entre essa população. O efeito colateral de substituir as típicas brincadeiras por jogos ou vídeos virtuais pode colocar a saúde em risco. 

A criança ou adolescente sedentário e com péssimos hábitos alimentares podem elevar em até quatro vezes a chance de desenvolver, ainda na infância, o diabetes tipo 2. É o que mostra um estudo publicado no periódico científico Journal of the Endocrine Society, no Reino Unido. 

Em Três Lagoas, a teoria já é prática em consultórios, segundo a endocrinologista Helena Nicolielo. “Hoje estamos vivendo uma verdadeira epidemia do diabetes tipo 2 nas crianças em adolescentes”, considera.

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O diabetes tipo 2 acomete, em sua maioria, adultos obesos e que não possuem o hábito da atividade física. No entanto, esse cenário vem mudando. “Com o advento das tecnologias, muitas crianças estão tendo mais contato com celulares e tablets. Antigamente, o máximo que tinham acesso era com a televisão. Hoje em dia, os pequenos não têm o interesse em brincar de bola, de corda, correr. Além disso, muitos pais optam por alimentos ultraprocessados por conta da correria diária. Muitos deles nem imaginam o mal que essas ‘besteirinhas’ fazem aos filhos”, descreve.

AVANÇOS

Por outro lado, pesquisas recentes apontam que o tratamento pode ser reversível em muitos casos. De acordo com Nicolielo, as diretrizes do tratamento do diabetes tipo 2 mudaram muito nos últimos dois anos, mesmo tendo a herança genética.

“Um estudo de 2017 mostrou que o diabetes, principalmente, nos primeiros seis anos de diagnóstico, é possível reverter e melhorar a função pancreática. Isso através de esforços ligados à alimentação e perda de peso”, finaliza.

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