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Três Lagoas, 26 de abril

Obra da PRF agride panorama visual da Lagoa, cartão postal da cidade

Empresários e representantes de entidades não concordam com a construção do prédio da PRF no local

Por Ana Cristina Santos
30/06/2018 • 07h15
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Não obstante às edificações já existentes no local, mais uma pode comprometer o visual e o aproveitamento turístico do principal cartão postal de Três Lagoas. Na semana passada, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) retomou a construção de sua sede na circular da Lagoa Maior.

A construtora Engetres, de Três Lagoas, foi a vencedora da licitação para concluir as obras, iniciadas em 2015, e que sofreram algumas paralisações. De acordo com a PRF, toda documentação da obra está regularizada, e pode ser retomada normalmente.

Empresários e representantes de entidades de Três Lagoas não concordam com a construção do prédio no local, pois entendem que a Lagoa Maior deveria ser utilizada para ações turísticas. 

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O questionamento deve-se à falta de logística no local para abrigar caminhões, carretas ou veículos em geral que venham a ser apreendidos pela polícia no combate, principalmente, ao crime organizado, sem contar que, atrapalharia a imagem da lagoa naquela região, assim como ocorre nas imediações do centro poliesportivo que foi construído no local, entre outros em construções existentes - todos igualmente contestadas por lideranças à época de construção, além de outra edificação antiga contestada pelo Ministério Público, cuja ação está em curso na Justiça de Três Lagoas.

EMBARGO
Em 2015, a prefeitura chegou a embargar a obra sob a alegação de que a empreiteira Baldin, de Campo Grande - primeira vencedora da licitação - teria iniciado o serviço sem a Guia de Diretrizes Urbanísticas (GDU) e sem o alvará de licença para a construção. Os documentos não foram expedidos porque, segundo a prefeitura, na época, não havia a devida “caracterização do imóvel”.

A Superintendência da PRF, porém, conseguiu liminar na Justiça e, em outubro de 2015, retomou a obra. No entanto, pouco tempo depois, a empreiteira não cumpriu o cronograma da construção. E, depois de várias notificações, a PRF rescindiu o contrato com a empresa. Agora, a Engetres foi contratada, e a PRF conseguiu decisão final para retomar a obra.

O prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) cogitou uma permuta do prédio, mas as negociações com a PRF não avançaram. As obras estão prosseguindo, embora o município tenha competência para revogar, ou embagar a construção. 

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