As obras de construção da nova sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Três Lagoas, serão paralisadas por falta de recursos. Para a conclusão do prédio, o presidente da entidade, Luiz Fausto, disse que são necessários R$ 6 milhões, dinheiro que a Apae não dispõe para terminar a obra que, segundo ele, segue a “passos de tartaruga”.
Fausto disse que já entregou projeto solicitando apoio financeiro para a conclusão da obra, ao prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB), e também ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Além disso, já inscreveu o projeto no Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência, no intuito de viabilizar o término da obra, iniciada no final de 2011, no bairro Jardim Morumbi.
No entanto, diante do atual cenário econômico, o presidente da entidade não acredita na liberação tão rápida de recursos para conclusão da obra, considerada importante e necessária para a demanda da Apae de Três Lagoas, que atende 330 alunos.
“Estamos em um período bastante crítico, e isso prejudica a nossa atividade. Se a economia estivesse diferente, a sociedade com uma ‘folga’ econômica, tenho certeza que abraçaria essa causa e nos daria um retorno bastante significativo, porém é um período crítico, e a gente entende isso”, comentou Luiz Fausto.
O projeto da nova escola da Apae foi orçado em R$ 8 milhões. A entidade já gastou até agora, R$ 2,2 milhões na obra. “A Apae sozinha não tem condições de dar sequência nessa obra. Todas as ações que a gente visualiza condições de buscar recursos, estamos correndo atrás, mas não é uma tarefa fácil”, frisou.
Segundo Fausto, a Apae tem um gasto mensal de cerca de R$ 430 mil. Cada aluno custa para a entidade, R$ 1,3 mil por mês. A entidade recebe recursos do governo federal, estadual e municipal, esse último, através de convênio com a Prefeitura de Três Lagoas, relativos à cobrança da taxa pelo uso dos banheiros na rodoviária. A entidade tem também um convênio com a Sanesul, que desconta um valor da conta de água de contribuintes que autorizam. No entanto, o montante arrecadado não é suficiente para atender as despesas da Apae, que também promove eventos para ajudar na manutenção.