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Três Lagoas, 25 de abril

Os 100 anos da aparição de Fátima atraem multidões

Leia o artigo do jornalista e professor aposentado da UFMS, Eron Brum

Por Redação
06/09/2017 • 17h59
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 Era início do mês de maio, 1917.  O mundo angustiado vivia as tragédias da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e, no Vaticano, o Papa Bento XV convocara todos os católicos para se unirem em oração e pedirem à Nossa Senhora que intercedesse no conflito e trouxesse paz para aquele momento. Oito dias depois, 13, no pequeno vilarejo de Cova da Iria, encravado na região de Estremadura e Ribatejo, Portugal, país que se recusara a participar diretamente do conflito, três pastorinhos cuidavam do rebanho da família.

   O dia estava claro, dois fortes relâmpagos cruzaram os céus e assustaram as três crianças. Passado algum tempo apareceu diante deles a “Senhora do Céu”, como afirma o documento oficial Fátima, a história das aparições, da Paulina Editora – Prior Velho,  edição de fevereiro deste ano, e disponível nas livrarias da cidade de Fátima. Ela não revelou seu nome aos pastorinhos, mas pediu que regressassem àquele mesmo lugar no dia 13 de cada mês à mesma hora, durante cinco meses, finalizado em 13 de outubro.

    E anunciou que a humanidade iria sofrer muito por causa das ofensas a Deus e pronunciou uma frase de consolo: “a graça divina será nosso conforto”. E  a partir do momento da aparição da Senhora do Céu, de mãos abertas e sob uma luz intensa,  começa a história de Nossa Senhora do Rosário, depois Fátima que, desde maio  deste ano, o que acontecerá até outubro, vem recebendo milhares de devotos de todo o mundo para participar das missas nos mais diferentes idiomas e das gigantescas procissões.

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   A Basílica de Nossa Senhora de Fátima – antes Nossa Senhora do Rosário -, construída no século XX, tem 35 altares, dedicados aos 15 mistérios do Rosário e vitrais que representam as cenas de aparições de Nossa Senhora. Os túmulos dos três pastorinhos também estão no interior da Basílica. À volta do Santuário está a Via Sacra - composta por 14 capelinhas que testemunham as estações da Paixão de Cristo -, as casas dos Pastorinhos, o Museu de Cera e o Museu das Aparições e a Capelinha das Aparições.

   Lúcia, última de sete irmãos,  filha de Antônio dos Santos e Maria Rosa, nasceu em 22 de março de 1907. Entrou para o Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, para levar uma vida de penitência até a morte aos 98 anos,  em 13 de fevereiro de 2005. Seu processo de beatificação já acumula milhares de páginas e está sendo analisado na Congregação da Casa dos Santos. Os seus primos  morreram ainda crianças: Jacinta em 1919, aos 9 anos, e Francisco no ano seguinte, aos 10,  devido à gripe espanhola(1918-1920) que fez milhares de vítimas em toda a Europa. Jacinta e Francisco foram beatificados no dia 13 de maio de 2000 pelo Papa João Paulo II e canonizados pelo Papa Francisco em maio deste ano, coincidindo com as comemorações do centenário das aparições de Nossa Senhora.

*Jornalista e professor titular aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e associado efetivo titular da cadeira n ?24 do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul (IHGMS).       

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