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Três Lagoas, 27 de abril

Para o Banco Mundial, ensino superior deveria ser pago no Brasil

Segundo estudo, país deveria seguir os moldes internacionais, com bolsas apenas para os alunos de baixa renda

Por Sergio Colacino
23/11/2017 • 06h30
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Um estudo do Banco Mundial, encomendado pelo próprio governo brasileiro, aponta que o país gasta além do que pode, é ineficiente e socialmente injusto. A educação foi uma das áreas apontadas como grande desperdício da máquina pública. Segundo o Banco Mundial, seria possível reduzir 1% dos gastos do PIB (Produto Interno Bruto) só neste setor.

O relatório citou como exemplo as universidades federais e apontou que 65% dos alunos que frequentam o ensino superior público pertencem ao grupo dos mais ricos, enquanto o restante dos alunos é de baixa renda - algo qualificado como “extremamente injusto”.

Uma das soluções sugeridas seria cobrar mensalidade nas universidades públicas. A ideia seria seguir os modelos internacionais, ou seja, retirar a gratuidade do ensino superior para os mais ricos, que passariam a pagar pelo curso, e manter bolsas apenas para os estudantes de baixa de renda. Em Três Lagoas, o ensino superior público é oferecido pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). No estado, outras duas instituições são gratuitas: a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

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Outros gastos

Além da educação, a saúde também está colocando o país no vermelho. Seria possível economizar até R$ 35 bilhões em três anos, apenas melhorando o sistema de licitação e compras do governo.

Mas o calcanhar de Aquiles, ainda é a previdência. O estudo aponta que 35% dos subsídios beneficiam os mais ricos. Apenas 18% desses valores vão para os 40% mais pobres. E cita como exemplo os servidores federais. Eles ganham, em média, 67% a mais do que os trabalhadores da iniciativa privada.

Se essas áreas fossem reformuladas, o país poderia economizar até 8,3% do PIB, o equivalente a cerca de R$ 500 bilhões por ano até 2026, segundo o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser.

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