RÁDIOS
Três Lagoas, 18 de abril

Usuários reclamam de condições precárias no transporte coletivo

Demora, atrasos, precariedade dos veículos são algumas das reclamações dos usuários em Três Lagoas

Por Jonas Turolla
07/04/2017 • 09h04
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"Geralmente, são poucos minutos (de atraso). Não demora muito, não". Essa era a opinião de Aparecida de Cássia, moradora do bairro Jardim Santa Júlia, sobre a pontualidade dos ônibus em Três Lagoas. Era. Isso porque nesta quinta-feira (6), a dona de casa teve que esperar mais de uma hora para pegar sua condução para o bairro Vila Piloto devido ao atraso de um dos ônibus da linha Vila Piloto-Centro.

Atrasos como esse já viraram rotina na vida dos moradores de Três Lagoas. Aliás, não só atrasos. Problemas como demora, falta de informação, precariedade dos veículos e motoristas imprudentes também integram a lista de reclamações dos usuários do transporte coletivo municipal. A reportagem do JPNEWS esteve no ponto de ônibus da praça Senador Ramez Tebet na manhã desta quinta e constatou a 'qualidade' do serviço na cidade.

"Para mim, o problema principal é a falta de informação. Falam um horário e (os ônibus) passam em outro, não informam os locais que eles vão passar nos bairros. Eu não sei dirigir e preciso do circular para ir para o Centro", opinou a dona de casa.

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Já para a estudante Thais Santana, o principal problema é a demora. "O transporte público aqui demora muito. Já cheguei a ficar uma hora esperando no ponto. Sem contar que os ônibus estão quebrados. Tem um, que passa por volta das 16h, que sempre quebra", declarou.

O longo tempo de espera entre um ônibus e outro também foi citado pela aposentada Rosa Maria, de 62 anos. "É uma calamidade. Nunca tem ônibus no horário certo, a gente precisa ficar aguardando muito tempo. Tem pessoas idosas que não conseguem ficar muito tempo em pé e não têm bancos em alguns pontos, não tem cobertura... É difícil", criticou.

Quem também reclamou da situação do transporte coletivo foi o ajudante geral Albano Soares Faria. "Sábado não tem ônibus, domingo não tem ônibus, feriado não tem ônibus. E eles (ônibus) são tudo umas 'bagaças'. Tem uns motoristas novatos, que não conhecem a cidade, que esquecem dos quebra-molas e deixam todo mundo 'pulando pra cima'. Sem contar dos bancos, que são duros", disparou.

A reportagem conversou com o diretor do departamento de trânsito da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Trânsito, Flavio Thomé, que prometeu cobrar providências da empresa responsável pelo transporte coletivo. "Quando a gente vai lá parece que tudo funciona. Mas a população tem que ligar para nós e reclamar para a gente poder cobrar da empresa", afirmou.

Ainda segundo o diretor, alguns dos problemas constatados serão resolvidos ainda esse ano. "O contrato com a empresa é válido por 10 anos e vamos entrar no 10º ano, ou seja, por contrato, a empresa vai ter que trocar os 13 ônibus ainda este ano. Em relação ao tempo de espera entre um ônibus e outro na linha Vila Piloto-Centro, nós teríamos que comprar mais um veículo. Aí diminuiria (o tempo de espera) para meia hora. Mas tem que ter demanda", prometeu.

A reportagem tentou entrar em contato com a empresa Viação Três Lagoas, mas não obteve retorno.


 

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