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Três Lagoas, 26 de abril

Plano a curto prazo. Necessidade para ontem

Leia o editorial deste sábado do Jornal do Povo

Por Redação
05/05/2018 • 08h35
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Três Lagoas não é uma cidade diferente, melhor ou pior que a maioria dos municípios brasileiros. Criminalidade, infraestrutura deficiente, gastos elevados com a máquina pública, desemprego, favelados, educação e saúde carentes de investimento, falta de opções de lazer, turismo e cultura, entre outros problemas, são comuns entre cidades de médio porte. Mas, há diferenciais que precisam ser destacados. O orçamento municipal, por exemplo.

São bem poucas as cidades como Três Lagoas que têm meio bilhão de reais para gastar com o serviço público e investimentos, no universo dos mais de 5 mil municípios brasileiros. São muito poucas cidades com empresas de grande porte, com potencial para carregar nas costas a balança comercial de um Estado como Mato Grosso do Sul.

Somente estes dois “detalhes” colocam Três Lagoas em condições muito melhores que as da comparação direta para os investimentos básicos, com quase dependência zero de verbas parlamentares ou pechincha de recursos dos governos federal e estadual. 

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O que a cidade não teve e ainda não tem é a execução de um plano a curto prazo para impedir a favelização, a deterioração dos serviços de saúde, a correção das imensas falhas da infraestrutura e o controle dos gastos com pessoal, entre outros aspectos da administração.

O dinheiro que entra nos cofres municipais passa da casa do milhão a cada dia. Mas, o que sai é quase isso, também diariamente, num pêndulo que não para no eixo central.

Apesar disso, não é caso de se falar em desperdício nem em desvios. A necessidade é o estabelecimento de metas, com cobrança de resultados; da busca por eficiência, economicidade e transparência, com participação da sociedade e responsabilização de gestores. 

Fácil? Não. Impossível, também não. A saída estará na profissionalização da gestão, mesmo que a escolha dos ocupantes dos cargos com poder continue sendo a política, pela soberana vontade popular. 

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