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Três Lagoas, 18 de abril

Plantas aquáticas podem virar biocombustível

O projeto, que prevê investimento de R$ 4,6 milhões e duração de três anos

Por Ana Cristina Santos
06/07/2019 • 10h00
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A empresa CTG Brasil, administradora das usinas hidrelétricas de Três Lagoas e Jupiá, vai apresentar dia 11 de julho, em parceria com o Instituto Senai de Inovação Biomassa da cidade,  o projeto Macrofuel: Aproveitamento Energético de Bio-Óleo Pirolítico de Macrófitas Aquáticas para Produção de Biocombustível. 

O projeto, que prevê investimento de R$ 4,6 milhões e duração de três anos, tem como objetivo avaliar o aproveitamento energético do bio-óleo proveniente de macrófitas aquáticas para utilização como combustível em motores tradicionais a diesel, e a possibilidade de seu uso nos processos produtivos das unidades.   

De acordo com a CTG, além do aproveitamento energético de um resíduo que pode se tornar um problema com sua propagação excessiva, o projeto realizará o mapeamento, monitoramento e a identificação das macrófitas – 86 espécies de plantas aquáticas já foram identificadas em outros estudos nos reservatórios de Ilha Solteira e Jupiá. 

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O projeto não abrange, a curto prazo, a comercialização direta do bio-óleo, porque o foco é desenvolver uma metodologia de produção de biocombustível líquido para geração de energia. “Vamos usar ciência e tecnologia para propor uma solução inteligente e ecológica a um problema que afeta o uso da água e a operação das usinas hidrelétricas, exercendo o controle de macrófitas ao mesmo tempo em que transformamos os resíduos dessas plantas em energia”, diz Aljan Machado, diretor de Saúde, Segurança, Qualidade, Meio Ambiente e Patrimônio da CTG Brasil.
motores

O principal produto extraído do processo termoquímico é o bio-óleo, que pode ser usado diretamente como combustível em motores a diesel ou ser processado e dar origem a produtos de maior valor agregado.

Em 2017, o desprendimento de macrófitas no reservatório da Usina Jupiá afetou a operação de 10 unidades geradoras, causando, no total, indisponibilidade de cerca de cinco meses para o sistema e um custo de manutenção de R$ 3,8 milhões para a empresa.  

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