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Três Lagoas, 24 de abril

PM vai implantar serviço de proteção à mulher

Projeto proposto a Três Lagoas garante segurança a vítimas com medidas protetivas

Por André Barbosa
30/09/2017 • 08h11
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A continuidade de uma assistência policial efetiva após uma mulher sofrer violência doméstica em Três Lagoas deverá ser garantida através de um programa inédito no município. O chamado ‘Mulher Segura’, atualmente em operação nas cidades de Dourados e Amabai (onde foi originado) garante às vítimas que tenham melhor acompanhamento, quando estão sob medidas judiciais protetivas, mas, mesmo assim seus importunadores não obedecem à ordem judicial. O sistema está em estudo pela Polícia Militar três-lagoense e poderá ser implantando nos próximos meses.

A afirmativa é do comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Três Lagoas, Coronel James Magno Moraes Silveira. O militar, após constatar quase que diariamente, aumento de casos de violência doméstica no município, viu a necessidade de uma ação mais efetiva, para coibir tais crimes e reverter à situação.

ão vários os casos registrados, de assédio moral, sexual, estupros, agressões físicas, assassinatos, entre outros. “Temos uma preocupação muito grande com essas vítimas da violência doméstica. Mesmo após a intervenção da Polícia e da Justiça, ainda sofrem com as ameaças e ataques de seus maridos, namorados, ex-companheiros e outros. Os números só aumentam. Sozinha, a PM não dá conta de resolver este problema pontual. Nestes casos, não basta atender só a ocorrência. É preciso acompanhar estas vítimas depois”, disse.

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O Coronel tomou conhecimento do programa no início do ano e destacou a tenente Ana Karla Oliveira Veiga, para tratar da implantação no município. “Estamos agendando uma visita na PM de Dourados para, posteriormente, realizarmos a capacitação de soldados para atuar dentro do Programa que trabalha com diretrizes. A princípio, o militar precisa ter afinidade para lidar com a situação. É uma tendência da PM como um todo, lutar contra a violência contra a mulher. Faz parte da Polícia Comunitária, para o bom atendimento ao público. Existem muitos casos em Três Lagoas e a cidade faz parte do rol das que mais registram ocorrências do tipo”, disse a militar.

O projeto Mulher Segura atua juntamente a órgãos como o Ministério Público e o Conselho da Criança e do Adolescente, Assistência Social, entre outros.

Prisões
Em Dourados, onde o projeto funciona desde 2015, várias prisões foram efetuadas por desrespeito às medidas protetivas e novos casos de violência evitados, após sua implantação. “Protegemos às vítimas da violência doméstica em parceria com o MP. Realizamos visitas domiciliares das vítimas e, paralelamente, praticamos políticas públicas com palestras em instituições de ensino e outros acompanhamentos. Recebemos ainda, muitos convites de outras entidades para apresentarmos estas ações”, revelou a cabo PM Gleice Aguillar dos Santos, responsável pelo ‘Mulher Segura’.

A policial contou que, para o programa são necessários dois policiais (um homem e uma mulher) e uma viatura. Ainda, que aguarda a visita dos policiais três-lagoense, para a capacitação. “Muitos que desrespeitam as medidas protetivas acabam preso e com isso cumprimos o objetivo de fechar o ciclo da violência e preservando a mulher”, pontuou.

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