RÁDIOS
Três Lagoas, 20 de abril

PMA retorna à Lagoa Maior para concluir estudo sobre jacarés

PMA constatou a presença de dois jacarés vivendo na lagoa, mas, segundo o comandante do órgão, Gildo de Souza, não há motivo para preocupação por parte da população

Por Redação
19/01/2013 • 09h13
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Pela segunda vez durante esta semana, policiais do 3º Pelotão da Polícia Militar Ambiental (PMA) de Três Lagoas estiveram na Lagoa Maior com o intuito de verificar a presença de jacarés no local. Na ação de ontem de manhã, policiais embarcados percorreram toda a extensão da lagoa e constataram que há dois jacarés vivendo no local. Já na primeira vistoria, realizada na última segunda-feira, os policiais averiguaram somente as margens da lagoa sem o auxílio de embarcação.

De acordo com o comandante da PMA, Gildo de Souza, o objetivo dessa última ação era encontrar o jacaré e verificar a que espécie ele pertence. Porém, o animal não saiu da água. Mas, com base na análise a partir de filmagens obtidas pela PMA na última segunda-feira, o comandante afirma em 99% que os jacarés da lagoa são do papo amarelo. “Esta espécie é a mais brava”, disse. E continuou: “por isso, é importante que as pessoas não cutuquem o animal com pedaços de madeira ou galhos, e também não tentem alimentá-los”, frisou.

Entretanto, o comandante garante que não há motivo para alarmes. A população pode continuar frequentando a lagoa para caminhar, apreciar a natureza, e, consequentemente, aliviar o estresse do dia a dia. “O jacaré não vai sair correndo atrás de ninguém, desde que não seja apedrejado”, observou.
Na opinião de Souza, a retirada dos jacarés é inviável, pois ele explicou que os córregos da Onça e Japão dão acesso à lagoa. E frisou: “Se estes jacarés forem retirados, outros vão aparecer ou até os mesmos podem retornar. A Lagoa é um corredor para eles, por conta dos córregos”, esclareceu.

Medidas
Segundo o oficial, uma das medidas será convocar uma reunião entre os órgãos competentes como PMA, Ibama, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente para chegar a um consenso. 

Outra medida é realizar uma campanha de conscientização como a fixação de placas no local para informar que é proibido nadar, pescar, alimentar os animais e que ali há presença de jacarés.

Cerca
No Plano de Monitoramento da Lagoa Maior realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMS) e publicado na edição de ontem do Jornal do Povo, os professores sugerem o cercamento da lâmina d’água na Lagoa Maior. O material utilizado como cerca poderia ser troncos de eucalipto ou vegetação baixa. Mas, particularmente, o comandante da PMA é contrário a essa sugestão. Ele acredita que a população precisa respeitar o habitat dos jacarés. “É possível viver em harmonia, seres humanos e jacarés”, explicou. Portanto, ele acredita que a melhor maneira de tomar uma atitude quanto ao aparecimento de jacarés na lagoa é a realização de uma reunião entre os órgãos competentes.

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