RÁDIOS
Três Lagoas, 18 de abril

PMDB pode lançar Mochi ao governo ou apoiar reeleição de Azambuja

Com André Puccinelli ameaçado de não poder disputar as eleições do ano que vem, PMDB estadual prepara planos B e C

Por Ana Cristina Santos
18/11/2017 • 06h30
Compartilhar

O PMDB do Mato Grosso do Sul já tem planos B e C caso o ex-governador André Puccinelli não aceite - ou não possa - disputar as eleições do ano que vem para o governo do Estado. O partido já tem um substituto para Puccinelli e também uma terceira opção. 

A princípio, o partido trabalha na candidatura de Puccinelli. Mas, devido aos escândalos envolvendo o ex-governador - preso nesta semana durante a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, liberado 40 horas depois de habeas corpus concedido pelo desembargador Paulo Fontes do Tribunal Regional Federal (TRF-3) - o partido já trabalha outras alternativas.

O deputado estadual Eduardo Rocha disse ao Jornal do Povo que a segunda opção do PMDB seria lançar o presidente do diretório estadual do partido e da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul, Junior Mochi, como candidato ao governo. 

JPNEWS: BANNER RCN NOTICIAS PATROCINADO ATUALIZADO 27.03.2024
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Eduardo ressaltou que Puccinelli só não será candidato “se não quiser” porque é “o principal nome do partido para a disputa”. No entanto, informou que o PMDB vai respeitar a decisão dele e de familiares. Legalmente, André só não pode ser candidato se tiver condenação em segundo grau. Hoje, figura na condição de investigado, sem condenações por corrupção ou algo do tipo.

Anteontem, o diretório do PMDB adiou para dezembro a convenção que estava marcada para hoje, em Campo Grande, após a prisão de Puccinelli, que iria assumir o comando do partido no Estado.

Junior Mochi disse á reportagem que sempre esteve à disposição do partido e que aceitaria ser candidato com duas condições: a primeira, se Puccinelli não for o candidato, e a segunda, se tiver o apoio do PMDB, inclusive com aval do ex-governador.

PSDB e PDT
O “plano C” do PMDB seria uma aliança com o PSDB, possivelmente em apoio à reeleição do governador Reinaldo Azambuja. “Não descartamos uma aliança com o PSDB”, ressaltou. Mas, adiantou que um possível apoio à candidatura do juiz aposentado Odilon de Oliveira está descartada. O PDT lançou, no sábado passado, o juiz como pré-candidato ao governo. O nome de Odilon era cotado para disputar o Senado, mas ele aceitou concorrer ao Executivo estadual.

Uma aliança com o PT, segundo Eduardo Rocha, também é difícil. Assim como Eduardo, Mochi também não descarta uma aliança com o PSDB. “O PMDB tem interesse em candidatura própria, mesmo assim, não descartamos conversar com os partidos, inclusive com PDT”, disse.

OPERAÇÃO
De acordo com investigação da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal, Puccinelli é apontado como chefe de um esquema de propina que funcionava há mais de 10 anos em Mato Grosso do Sul. O montante de desvio, segundo a PF, é de R$ 235 milhões.

Segundo informações da PF, o ex-governador mantinha operações com empresas envolvidas em lavagem de dinheiro. Durante o período das investigações, o pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda teria entrado em contato com a PF para obter o benefício da delação premiada e revelado como funcionava o suposto esquema. Por meio de um advogado, Puccinelli nega as acusações.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de JPNews Três Lagoas