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Três Lagoas, 19 de abril

Polícia prende mais três suspeitos de morte de PM

Dois mandados de prisão temporária foram cumpridos em unidades penais do Estado

Por Arthur Freire/JP
19/03/2013 • 08h52
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A polícia cumpriu mais três mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento na morte do policial militar aposentado Otacílio Pereira de Oliveira, 60 anos, executado no dia 6 de março, no bairro Osmar Ferreira Dutra, em Três Lagoas.

Conforme o delegado responsável pelo caso, Rogério Market Faria, da 2ª Delegacia de Polícia, os mandados de prisão temporária, cuja duração é de 30 dias, foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Três Lagoas e cumpridos no fim de semana, por membros da Polícia Militar e Delegacia de Investigações Gerais (DIG), neste fim de semana.

Fabrício da Silva Almerindo dos Santos, Douglas dos Santos Almeida e Luiz Felipe Miranda Rios Saito são acusados de participação no planejamento da morte do policial aposentado. “Eles sabiam do crime e participaram de reuniões realizadas antes dele”, explicou o delegado.

Também na manhã de ontem investigadores da DIG cumpriram um mandado de prisão temporária na Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas. Thiago Cintas Bertalia havia sido preso na operação da Polícia Militar um dia após a morte do policial. Na época, ele foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. Entretanto, recentemente, a Polícia Civil confirmou a suspeita de participação dele no crime. “Mesmo estando preso, o mandado de prisão é cumprido para garantir que o acusado responda pelas duas situações”, esclareceu o delegado.

TOTAL
Com a prisão deles, aumentou para sete o número de presos no caso – outro suspeito foi morto em troca de tiros com a PM. Haviam sido presos pela polícia na semana passada João Olegário da Silva, em Presidente Prudente, e Cleverson Messias Pereira dos Santos, próximo a Corumbá. Na mesma época, a Polícia Civil também havia cumprido um mandado de prisão temporária contra Marcos Barbosa, que cumpre pena na Penitenciária de Segurança Máxima, em Campo Grande, o que fortalece a hipótese, não confirmada pelo delegado, de que a ordem de matar o policial partiu de uma unidade penal do Estado. 

TRANSFERÊNCIA
Rogério Market explicou que todos os detidos nesse fim de semana foram transferidos para a sede do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras), em Campo Grande. A transferência, segundo o delegado, foi necessária por conta da logística – com a interdição da cadeia pública da Polícia Civil de Três Lagoas, os detidos precisariam ser encaminhados para o Presídio de Segurança Média. “A prisão temporária visa deixar o suspeito à disposição da Polícia Civil. Por isso, foi melhor a transferência para Campo Grande, já que ficaria inviável a permanência deles no presídio”.
 
A participação de cada um na morte do policial ainda não foram divulgados pela polícia. “Estou aguardando a chegada dos interrogatórios. Eles estão sendo ouvidos no Garras. Mas, acredito que todos esses questionamentos só serão respondidos quando concluído o inquérito, o que deve acontecer dentro de 30 dias”, disse o delegado.
Até o momento, uma média de 10 a 15 pessoas foram ouvidas no caso. Dois dos suspeitos presos confessaram o crime. “Ainda temos mais pessoas para ouvir e os depoimentos desses suspeitos [presos no fim de semana] serão essenciais para elucidar o caso”.

Todos os presos até o momento têm relação com o crime organizado.

NOVAS PRISÕES
Entretanto, a operação de cumprimento dos mandados de prisão expedidos pela Justiça segue em Três Lagoas, onde está boa parte dos suspeitos. O delegado informou que existem, pelo menos, mais dez prisões a serem feitas. 

Entre os suspeitos, estão os outros três de participar, ativamente, na execução. Até então, a polícia trabalhava com a hipótese de participação de quatro pessoas, mas existiria uma quinta, que ficou aguardando no carro e ajudou na fuga dos suspeitos.

As buscas contam com apoio do comando da Polícia Militar e Polícia Civil, Garras e Serviço de Inteligência da Sejusp.

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