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Três Lagoas, 19 de abril

Por que as pessoas ‘furam’ o isolamento social na pandemia?

Psicólogo diz que egoísmo tem relação com o comportamento

Por Tatiane Simon
13/07/2020 • 08h00
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Rodinhas de tereré em frente de casa com os amigos e vizinhos. Bares lotados e pequenas reuniões em casa. Em plena pandemia da Covid-19 e situações como essas vêm seguidas de pessoas sem máscara e da justificativa: estamos somente entre amigos mais íntimos e familiares. A resposta não minimiza os riscos de contágio do novo coronavírus e também não condiz com as recomendações feitas pelas autoridades sanitárias neste momento. Mas, afinal, por que as pessoas continuam quebrando o isolamento social se a pandemia não passou?

De acordo com o psicólogo Diego Molina, a pandemia da Covid-19 está expondo com mais evidências algumas características da população. Para ele, esse tipo de comportamento está ligado ao egoísmo e a negação. “Muitas pessoas pensam que por serem jovens estão imunes à doença. Daí, o egoísmo. E, em consequência, buscam informações que reiterem a suposição, como a de que a Covid só é fatal em idosos, de que os hospitais não estão colapsados e de que o coronavírus é mais uma gripe que estamos expostos. Ou seja, essas pessoas negam a existência do vírus e da gravidade dele”, opina o especialista.

O cenário de pessoas circulando pela cidade não é raro em Três Lagoas. Onde, durante os dias úteis, chega a registrar uma taxa de isolamento social abaixo dos 36%. No entanto, com as flexibilizações do comércio e  serviços na cidade, muitas pessoas saem de casa para trabalhar. Por outro lado, aos finais de semana, quando supostamente os moradores poderiam passar mais tempo em casa, o índice de recolhimento social pouco muda, em Três Lagoas. 

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