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Três Lagoas, 19 de abril

Porto seco deve movimentar R$ 1 bilhão em investimentos e empregos

Estação Aduaneira do Interior deve atrair outros investimentos para de Três Lagoas; órgão facilita papelada para exportação

Por Ana Cristina Santos
10/03/2018 • 09h30
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De acordo com um estudo de viabilidade técnica da Receita Federal, a instalação de uma Estação Aduaneira - também chamada de porto seco - deve movimentar R$ 1 bilhão em investimentos e gerar centenas de empregos em Três Lagoas. O secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Antônio Empke Junior, prevê que a Estação deve atrair outras empresas do setor à cidade.

O porto, que irá atender empresas da cidade, em especial das fabricantes de celulose, soja e futuramente a de fertilizantes, também receberá demandas de indústrias de Estados do Centro-Oeste, segundo o secretário. “A Estação Aduaneira do Interior impacta significativamente e positivamente as grandes empresas em virtude da desburocratização e agilidade nos processos de compra e venda. O funcionamento de um porto seco em Três Lagoas significa reduzir em 17 dias o desembaraço de documentos de cargas no Porto de Santos (SP). Isso significa economia. E também vamos receber empresas de Goiás e do Mato Grosso que vão desembaraçar documentos aqui antes de irem aos portos de Santos ou de Paranaguá (PR)”, explicou.

 De acordo com o secretário, o porto não será um marco apenas para Três Lagoas, mas para Mato Grosso do Sul. “Aqui será um diferencial. Em Mato Grosso do Sul não há, e o porto será instalado devido à pujança econômica de Três Lagoas”, destacou, ressaltando que, a empresa que ganhar a concessão do porto deverá investir R$ 55 milhões.

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A estação deve ser instalada em uma área de seis hectares na fazenda Rodeio.  Os proprietários da fazenda anunciaram que vão doar o terreno ao município, para repasse à União. Segundo o secretário, a área está em processo de desmembramento. Antes, o projeto de doação terá que passar pela Câmara de Vereadores. 

EXPORTAÇÃO
De acordo com o secretário, o porto é de “fundamental importância” para o desembaraço de exportações e importações. Por causa da celulose, Três Lagoas é, atualmente, o município do Estado que mais exporta e teve aumento de 78% nas vendas neste início do ano, se comparado ao mesmo período do ano passado. Campo Grande é o segundo com maior potencial exportador e Corumbá, o terceiro.

Entre janeiro e fevereiro de 2018, a balança comercial de Mato Grosso do Sul teve superávit de US$ 257 milhões, com exportações de US$ 662 milhões e importações de US$ 405 milhões. A celulose foi o produto mais exportado nos dois primeiros meses de 2018, com 41% de participação na balança comercial estadual e crescimento de 70,9% em relação ao mesmo período de 2017. O faturamento deste ano chegou a US$ 272 milhões por 656 mil toneladas vendidas ao mercado externo.

Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, a celulose mudou de patamar com a inauguração da segunda fábrica da Fibria no fim do ano passado. 

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